Desculpa a demora querido blog, eu ando muito ocupada sabe, tá é mentira, mas dessa vez não foi por preguiça (que fique bem claro), foi por estar viajando. Eu sei que prometi a algumas pessoas que postaria logo meu texto sobre voto nulo, só que mudei de idéia e resolvi posta-lo depois junto com a pesquisa que pretendo fazer sobre os candidatos eleitos. Por hora vou relatar a minha viagem, mas antes disso quero discutir um pouquinho sobre um sentimento que tem me dominado desde que voltei: a raiva, afinal é bom ou não sentir raiva? Eu não vou entrar nesse assunto agora, mas colocarei aqui uma passagem de um livro que estou lendo no momento.
“um dia sugeri que falássemos diretamente sobre o que nos dava raiva. A princípio ninguém se animou: todas com marido maravilhoso, filhos ótimos, pais uns santos, proibido sentir raiva. De repente uma, que raramente falava, começou baixinho: “Eu tenho raiva. Eu tenho muita raiva”. Sua raiva era da mãe inválida que a atormentava com a tirania dos fracos, de alguns doentes e das crianças muito mimadas. Outra então disse ter raiva dos sacrifícios que fazia pelos dois filhos adultos que ainda moravam com ela, sempre insatisfeitos e grosseiros. Uma censurava-se por sentir raiva do marido que não lhe dava atenção nem importância. (“para ele parece que nem existo, nem sou humana”) Outras sentiam muita raiva de escolhas feitas na juventude, de que falei acima. A lista foi longa e animada. Começamos a descobrir que ter raiva (não rancor) pode ser saudável e necessário. Nunca ter raiva – não se falava de ódio ou ressentimento – é mentir para si mesmo. [cansei de mentir pra mim mesma] Muitos desses motivos de raiva podiam ser vistos sob outro enfoque: submeter-se a filhos grosseiros é resultado de todo um processo, desde o nascimento ou antes, em que a mãe precisava sentir-se vítima, a boazinha – a sofredora. Perder as estribeiras, descer das tamancas (ou do pedestal) pode provocar uma transformação admirável numa relação. Certamente maridos e filhos deviam sentir um misto de raiva e culpa em relação àquela esposa-mãe-mártir. Quando as coisas parecem muitos ruins, ensinou-me uma amiga, pode-se indagar: “é tragédia ou é apenas chateação?”
Na grande maioria das vezes é chateação, a conta atrasada, o patrão estúpido, o colega invejoso, o filho malcriado, o marido calado, a velha mãe descontente, cinco quilos a mais, as próprias frustrações. Chuva demais, sol demais. Muito frio, muito calor: de repente, cada vez que respiramos, o mundo parece acabar. Uma boa faxina nos armários do coração traz grande alívio: botamos fora as chateações ou as deixamos de lado por um tempo, e vamos lidar com as coisas graves. Aos poucos descobrimos que respiramos melhor, podemos até mesmo sonhar.”
Passei o são João em Aracaju com a minha adorada família, eu quase não ia mais, mas quando pensei que ia ficar uma semana inteira dentro de casa com o PC dando sopa pra mim, me provocando, me chamando, mudei de idéia no mesmo instante e fiz a minha mala as pressas. Bom o que eu posso dizer dessa viagem, foram dias muito bons, eu estava precisando, me diverti, em dia de muita chuva coloquei um DVD de forró e axé e relembrei o tempo de infância: fiz do tapete da sala o meu palco e o controle remoto de microfone (já estava chovendo mesmo, não tinha como piorar) ri muito, dancei (pouco e pisando no pé do meu primo, mas dancei) encarei medos (andei no teleférico *O*), conheci lugares lindos, reencontrei pessoas que amo muito (a parte da família que mais amo). O que mais me chamou atenção nesse são João foi algo que nunca havia reparado antes, a vitalidade e o amor na terceira idade, eu passava um bom tempo admirando idosos dançando, namorando, curtindo o são João, achava uma graça, olhava de um jeito tão bobo e pensando se um dia terei isso na minha vida, eu quero isso pra mim, quero um dia poder não achar as palavras perfeitas por ter só aquela pessoa na minha cabeça, não precisa ser agora ou daqui a 30 anos, se eu tiver o brilho nos olhos que aqueles casais que admirava tinham, com certeza sairei dessa vida sem aquele maldito “e se”, sem arrependimentos do que não fiz ou do que não falei. Como diz a grande pensadora e poeta (ironia mode on) Avril Lavigne: “onde estão as esperanças, onde estão os sonhos, minha cena da história da cinderela?”. Mas às vezes fico pensando será que a vida só se resume a isso? A se apaixonar e “viver feliz para sempre”? Tudo bem que eu acredito que o amor seja tudo que mais importa. Hoje em dia tenho apenas uma meta de vida, fazer todos que amo feliz sem me sacrificar, se eu conseguir realizar isso posso dizer que sou a pessoa mais feliz desse mundo. A adrenalina, aventuras vem depois, num outro texto com certeza falarei dos meus sonhos, aquela listinha que tenho certeza que todos fazem “coisas que quero fazer antes de morrer”, uma pena que essa lista não saia do papel para muitos e só percebam e se arrependam de não terem feito antes quando já não podem mais, se bem que há controversas sobre isso não é mesmo, como disse alguém há muito tempo atrás, nunca é tarde para amar, sonhar e realizar. Então eu espero que não cheguem ao fim da vida e digam: “Tudo que eu queria passou muito rápido por mim”. A minha dica é: open your eyes!
Hoje a parte do beijinho especial vai apenas pra 3 pessoas, primeiro a minha tia (meu anjinho da guarda) que emprestou o livro, ao meu primo Rafa sem ph que me escutou no momento em que mais precisei e na minha amiga Bruna que é o meu SOS, quando mais preciso vou “correndo” atrás dela. E aqui vão algumas palavras da mesma após ler esse texto “as pessoas são muito diferentes e cada uma tem para si algo pra se apoiar mais, uns o trabalho, outros faculdade, colégio, relacionamento ou amigos. Têm tantas opções, eu acho que se apoiar em relacionamento é a maneira mais instável de se conviver”
“um dia sugeri que falássemos diretamente sobre o que nos dava raiva. A princípio ninguém se animou: todas com marido maravilhoso, filhos ótimos, pais uns santos, proibido sentir raiva. De repente uma, que raramente falava, começou baixinho: “Eu tenho raiva. Eu tenho muita raiva”. Sua raiva era da mãe inválida que a atormentava com a tirania dos fracos, de alguns doentes e das crianças muito mimadas. Outra então disse ter raiva dos sacrifícios que fazia pelos dois filhos adultos que ainda moravam com ela, sempre insatisfeitos e grosseiros. Uma censurava-se por sentir raiva do marido que não lhe dava atenção nem importância. (“para ele parece que nem existo, nem sou humana”) Outras sentiam muita raiva de escolhas feitas na juventude, de que falei acima. A lista foi longa e animada. Começamos a descobrir que ter raiva (não rancor) pode ser saudável e necessário. Nunca ter raiva – não se falava de ódio ou ressentimento – é mentir para si mesmo. [cansei de mentir pra mim mesma] Muitos desses motivos de raiva podiam ser vistos sob outro enfoque: submeter-se a filhos grosseiros é resultado de todo um processo, desde o nascimento ou antes, em que a mãe precisava sentir-se vítima, a boazinha – a sofredora. Perder as estribeiras, descer das tamancas (ou do pedestal) pode provocar uma transformação admirável numa relação. Certamente maridos e filhos deviam sentir um misto de raiva e culpa em relação àquela esposa-mãe-mártir. Quando as coisas parecem muitos ruins, ensinou-me uma amiga, pode-se indagar: “é tragédia ou é apenas chateação?”
Na grande maioria das vezes é chateação, a conta atrasada, o patrão estúpido, o colega invejoso, o filho malcriado, o marido calado, a velha mãe descontente, cinco quilos a mais, as próprias frustrações. Chuva demais, sol demais. Muito frio, muito calor: de repente, cada vez que respiramos, o mundo parece acabar. Uma boa faxina nos armários do coração traz grande alívio: botamos fora as chateações ou as deixamos de lado por um tempo, e vamos lidar com as coisas graves. Aos poucos descobrimos que respiramos melhor, podemos até mesmo sonhar.”
Passei o são João em Aracaju com a minha adorada família, eu quase não ia mais, mas quando pensei que ia ficar uma semana inteira dentro de casa com o PC dando sopa pra mim, me provocando, me chamando, mudei de idéia no mesmo instante e fiz a minha mala as pressas. Bom o que eu posso dizer dessa viagem, foram dias muito bons, eu estava precisando, me diverti, em dia de muita chuva coloquei um DVD de forró e axé e relembrei o tempo de infância: fiz do tapete da sala o meu palco e o controle remoto de microfone (já estava chovendo mesmo, não tinha como piorar) ri muito, dancei (pouco e pisando no pé do meu primo, mas dancei) encarei medos (andei no teleférico *O*), conheci lugares lindos, reencontrei pessoas que amo muito (a parte da família que mais amo). O que mais me chamou atenção nesse são João foi algo que nunca havia reparado antes, a vitalidade e o amor na terceira idade, eu passava um bom tempo admirando idosos dançando, namorando, curtindo o são João, achava uma graça, olhava de um jeito tão bobo e pensando se um dia terei isso na minha vida, eu quero isso pra mim, quero um dia poder não achar as palavras perfeitas por ter só aquela pessoa na minha cabeça, não precisa ser agora ou daqui a 30 anos, se eu tiver o brilho nos olhos que aqueles casais que admirava tinham, com certeza sairei dessa vida sem aquele maldito “e se”, sem arrependimentos do que não fiz ou do que não falei. Como diz a grande pensadora e poeta (ironia mode on) Avril Lavigne: “onde estão as esperanças, onde estão os sonhos, minha cena da história da cinderela?”. Mas às vezes fico pensando será que a vida só se resume a isso? A se apaixonar e “viver feliz para sempre”? Tudo bem que eu acredito que o amor seja tudo que mais importa. Hoje em dia tenho apenas uma meta de vida, fazer todos que amo feliz sem me sacrificar, se eu conseguir realizar isso posso dizer que sou a pessoa mais feliz desse mundo. A adrenalina, aventuras vem depois, num outro texto com certeza falarei dos meus sonhos, aquela listinha que tenho certeza que todos fazem “coisas que quero fazer antes de morrer”, uma pena que essa lista não saia do papel para muitos e só percebam e se arrependam de não terem feito antes quando já não podem mais, se bem que há controversas sobre isso não é mesmo, como disse alguém há muito tempo atrás, nunca é tarde para amar, sonhar e realizar. Então eu espero que não cheguem ao fim da vida e digam: “Tudo que eu queria passou muito rápido por mim”. A minha dica é: open your eyes!
Hoje a parte do beijinho especial vai apenas pra 3 pessoas, primeiro a minha tia (meu anjinho da guarda) que emprestou o livro, ao meu primo Rafa sem ph que me escutou no momento em que mais precisei e na minha amiga Bruna que é o meu SOS, quando mais preciso vou “correndo” atrás dela. E aqui vão algumas palavras da mesma após ler esse texto “as pessoas são muito diferentes e cada uma tem para si algo pra se apoiar mais, uns o trabalho, outros faculdade, colégio, relacionamento ou amigos. Têm tantas opções, eu acho que se apoiar em relacionamento é a maneira mais instável de se conviver”