terça-feira, 29 de junho de 2010

Open Your Eyes

Desculpa a demora querido blog, eu ando muito ocupada sabe, tá é mentira, mas dessa vez não foi por preguiça (que fique bem claro), foi por estar viajando. Eu sei que prometi a algumas pessoas que postaria logo meu texto sobre voto nulo, só que mudei de idéia e resolvi posta-lo depois junto com a pesquisa que pretendo fazer sobre os candidatos eleitos. Por hora vou relatar a minha viagem, mas antes disso quero discutir um pouquinho sobre um sentimento que tem me dominado desde que voltei: a raiva, afinal é bom ou não sentir raiva? Eu não vou entrar nesse assunto agora, mas colocarei aqui uma passagem de um livro que estou lendo no momento.
“um dia sugeri que falássemos diretamente sobre o que nos dava raiva. A princípio ninguém se animou: todas com marido maravilhoso, filhos ótimos, pais uns santos, proibido sentir raiva. De repente uma, que raramente falava, começou baixinho: “Eu tenho raiva. Eu tenho muita raiva”. Sua raiva era da mãe inválida que a atormentava com a tirania dos fracos, de alguns doentes e das crianças muito mimadas. Outra então disse ter raiva dos sacrifícios que fazia pelos dois filhos adultos que ainda moravam com ela, sempre insatisfeitos e grosseiros. Uma censurava-se por sentir raiva do marido que não lhe dava atenção nem importância. (“para ele parece que nem existo, nem sou humana”) Outras sentiam muita raiva de escolhas feitas na juventude, de que falei acima. A lista foi longa e animada. Começamos a descobrir que ter raiva (não rancor) pode ser saudável e necessário. Nunca ter raiva – não se falava de ódio ou ressentimento – é mentir para si mesmo. [cansei de mentir pra mim mesma] Muitos desses motivos de raiva podiam ser vistos sob outro enfoque: submeter-se a filhos grosseiros é resultado de todo um processo, desde o nascimento ou antes, em que a mãe precisava sentir-se vítima, a boazinha – a sofredora. Perder as estribeiras, descer das tamancas (ou do pedestal) pode provocar uma transformação admirável numa relação. Certamente maridos e filhos deviam sentir um misto de raiva e culpa em relação àquela esposa-mãe-mártir. Quando as coisas parecem muitos ruins, ensinou-me uma amiga, pode-se indagar: “é tragédia ou é apenas chateação?”
Na grande maioria das vezes é chateação, a conta atrasada, o patrão estúpido, o colega invejoso, o filho malcriado, o marido calado, a velha mãe descontente, cinco quilos a mais, as próprias frustrações. Chuva demais, sol demais. Muito frio, muito calor: de repente, cada vez que respiramos, o mundo parece acabar. Uma boa faxina nos armários do coração traz grande alívio: botamos fora as chateações ou as deixamos de lado por um tempo, e vamos lidar com as coisas graves. Aos poucos descobrimos que respiramos melhor, podemos até mesmo sonhar.”

Passei o são João em Aracaju com a minha adorada família, eu quase não ia mais, mas quando pensei que ia ficar uma semana inteira dentro de casa com o PC dando sopa pra mim, me provocando, me chamando, mudei de idéia no mesmo instante e fiz a minha mala as pressas. Bom o que eu posso dizer dessa viagem, foram dias muito bons, eu estava precisando, me diverti, em dia de muita chuva coloquei um DVD de forró e axé e relembrei o tempo de infância: fiz do tapete da sala o meu palco e o controle remoto de microfone (já estava chovendo mesmo, não tinha como piorar) ri muito, dancei (pouco e pisando no pé do meu primo, mas dancei) encarei medos (andei no teleférico *O*), conheci lugares lindos, reencontrei pessoas que amo muito (a parte da família que mais amo). O que mais me chamou atenção nesse são João foi algo que nunca havia reparado antes, a vitalidade e o amor na terceira idade, eu passava um bom tempo admirando idosos dançando, namorando, curtindo o são João, achava uma graça, olhava de um jeito tão bobo e pensando se um dia terei isso na minha vida, eu quero isso pra mim, quero um dia poder não achar as palavras perfeitas por ter só aquela pessoa na minha cabeça, não precisa ser agora ou daqui a 30 anos, se eu tiver o brilho nos olhos que aqueles casais que admirava tinham, com certeza sairei dessa vida sem aquele maldito “e se”, sem arrependimentos do que não fiz ou do que não falei. Como diz a grande pensadora e poeta (ironia mode on) Avril Lavigne: “onde estão as esperanças, onde estão os sonhos, minha cena da história da cinderela?”. Mas às vezes fico pensando será que a vida só se resume a isso? A se apaixonar e “viver feliz para sempre”? Tudo bem que eu acredito que o amor seja tudo que mais importa. Hoje em dia tenho apenas uma meta de vida, fazer todos que amo feliz sem me sacrificar, se eu conseguir realizar isso posso dizer que sou a pessoa mais feliz desse mundo. A adrenalina, aventuras vem depois, num outro texto com certeza falarei dos meus sonhos, aquela listinha que tenho certeza que todos fazem “coisas que quero fazer antes de morrer”, uma pena que essa lista não saia do papel para muitos e só percebam e se arrependam de não terem feito antes quando já não podem mais, se bem que há controversas sobre isso não é mesmo, como disse alguém há muito tempo atrás, nunca é tarde para amar, sonhar e realizar. Então eu espero que não cheguem ao fim da vida e digam: “Tudo que eu queria passou muito rápido por mim”. A minha dica é: open your eyes!

Hoje a parte do beijinho especial vai apenas pra 3 pessoas, primeiro a minha tia (meu anjinho da guarda) que emprestou o livro, ao meu primo Rafa sem ph que me escutou no momento em que mais precisei e na minha amiga Bruna que é o meu SOS, quando mais preciso vou “correndo” atrás dela. E aqui vão algumas palavras da mesma após ler esse texto “as pessoas são muito diferentes e cada uma tem para si algo pra se apoiar mais, uns o trabalho, outros faculdade, colégio, relacionamento ou amigos. Têm tantas opções, eu acho que se apoiar em relacionamento é a maneira mais instável de se conviver

terça-feira, 22 de junho de 2010

Poeira extraterrestre

Cansei de esperar pela imagem, vou explicar de uma vez o porquê de "poeiraextraterrestre", pode parecer maluco, realmente é maluco, ah eu não me importo, os loucos são os mais felizes mesmo, vou colocar aqui um texto que foi até um dos fatores que me inspirou a fazer o blog, não vai acontecer com frequência textos que não sejam da minha autoria, mas esse merece estar aqui, gostei tanto que me achei no direito de nomear meu blog com o tema principal dele, espero que esclareça tudo na cabecinha de vocês. Aqui vai um relato de uma experiência dentro de um guarda-roupa, juro que pensei por um segundo em tentar fazer essa experiência, mas tem muito mais contras do que pros, eu tenho alergia a poeira e meu quarto não tem uma boa iluminação pra uma foto dentro do guarda-roupa, tenso, muito tenso. (ah não faz mal usar uma gíria de MSN uma vez ou outra)


"1. A Viagem

Então cismei que precisava viajar, pois tinha vindo ao mundo em excursão e estava perdendo a viagem. Mas não poderia ser qualquer viagem: pegar um avião e descer em país estrangeiro. Não. Antes, eu começaria por viajar dentro da roupa, vestindo a camisa do avesso e de trás para frente. Depois, ficaria uma semana viajando no quarto, descobrindo fendas e esconderijos. Entrei no guarda-roupa e fiquei ali, como às vezes faz o Gatildo, meu gato. Acabei me dando conta de que não estava sozinha, que éramos cupins, traças, poeiras e ácaros, todos juntos, ali dentro. Gritei assim: As viagens de Gulliveeeeer. E minha mãe entrou. Isso não foi muito bom porque já tem aquilo da psicóloga atestar o meu desajuste.

Depois, gritar dentro do guarda-roupa fechado, só você ali dentro, isso não é bom. Ah, mas querer descobrir um novo ponto-de-vista não é coisa de doido, é? Acho que não. (muito pelo contrário, é sempre bom descobrir um novo ponto-de vista) Certa vez, li num artigo de John Ferguson que um ambiente fechado tem mais poeira do que ao ar livre e que, na casa das pessoas, há poeira de todos os locais do planeta, inclusive poeira extraterrestre! Logo, ficar escondida no guarda-roupa seria começar uma viagem interplanetária!

2. A poeira do monitor

As pessoas dizem as coisas e essas coisas passam a existir, assim como Deus fez com o mundo. Bem, eu não acredito muito nessa história e, provavelmente, nem Deus acredite nas minhas. Tudo bem. Acontece que, agora, depois de me lembrar do artigo de John Ferguson, fico pensando que a poeirinha, na quina do monitor, deve ser de Marte e a outra, em cima do livro, deve ser de Saturno. Costuma-se trazer das viagens lembrancinhas para os amigos. Eu poderia dar de presente umas poeiras importadas de Marte e outras de Saturno, né? Bastaria eu passar uma flanela molhada. Ninguém nunca me deu uma flanela molhada de presente, que estranho...


3. A viagem nas roupas

Bem, da viagem nas roupas, descobri que uma jaqueta de frio serve muito bem como calça inusitada, especialmente para quem tiver as pernas finas. Instrução 1: enfie os cambitos no lugar das mangas. Instrução 2: abotoe o fecho-ecler. Veja, não sei por que você faria isso, talvez você precise algum dia, não sei. Aliás, ficou uma bela calça de alta-costura. Os costureiros famosos devem passar o dia inteiro vestidos assim: a blusa no lugar da calça, a cueca no lugar da touca e assim por diante, para inventarem tantas roupas esdrúxulas como aquelas que eu vejo na Fashion TV. Talvez, eu seja uma poeira, uma poeirinha assim, vestida de alta-costura, na casa dos gigantes. Gigantes tão grandes que eu não consigo sequer enxergá-los.

4. Uma hipótese

Há sempre mais pó dentro de uma casa do que fora dela e, todo ano, a massa da Terra é aumentada em milhares de tonelada por conta do pó extraterrestre. Agora, pensei outra coisa (às vezes, isso é um grande problema): há muito mais pó do que seres humanos, pois nunca vi gente entrando pela janela desse jeito. Poeira que se esconde embaixo dos móveis e cantinhos secretos. Parece que a poeira quer morar! Insiste, sem trégua, um lugarzinho no meu quarto! Bem, duvido que a poeira de Marte, no canto do monitor, tenha me visto com aquela roupa ridícula. Ou, talvez, ela esteja viajando também, com uma roupinha esdrúxula, naquilo que ela pensa ser o quartinho dela, né? Então... "- Olá, poeirinha!"


5. A casa dos gigantes

Pensei outra coisa agora. Se há mais pó do que seres humanos; se seres humanos não entram pela janela como fazem as poeiras, escondendo-se aos bilhões embaixo dos móveis; se talvez nós, seres humanos, sejamos o pó na casa de gigantes, gigantes tão grandes que não conseguimos enxergá-los, se somos seis bilhões no planeta, então os gigantes não são tão numerosos assim, devem ser apenas um ou dois solitários perdidos pelo universo. Talvez seja esse gigante que as pessoas chamam de Deus. Calma, eu chegarei à Europa. É que a jornada de uma poeira, como eu, até o estrangeiro, demora muito.

6. O sal do oceano

Nessa poeira existe até o sal do oceano. O sal se evapora e é quase tão numeroso quanto as partículas de terra, não é impressionante? Eu estava quase concluindo que nem precisaria mais viajar, que havia de tudo naquele quarto, até partículas de oceano havia, vejam só. Contei a minha mãe e ela me sugeriu um aspirador de pó, disse que estava na hora de limpar a bagunça. Ah... minha mãe não compreende a magnitude do caos! Até seu coração bate caoticamente, mãe! A mancha vermelha de Júpiter, mãe! Mas a minha mãe não parece acreditar que Júpiter tenha alguma coisa a ver com um pé de meia jogado no chão. Mas eu defendo que sim! A moça da limpeza vem e arruma tudo. O que acontece? O que acontece? Você não acha mais nada. E por quê? E por quê? Porque a natureza caótica do seu quarto foi alterada! A poeira de Mar. Céus! O que aconteceu com a sua poeira importada de Marte!? Essa não! A moça levou tudo numa flanela molhada. Droga. (Aceito nesse natal flanelas molhadas de todos os lugares possíveis)

7. A calça de alta-costura

Esta calça de alta-costura, que inventei quando viajei pelas roupas, não sou livre para usá-la no meio da rua. Entretanto, aquelas mulheres andam com penas de pavão no carnaval e está tudo bem! As pessoas combinaram que no carnaval anda-se com penas de pavão. Mas, na rua, não se anda com calças de alta-costura. Eu não participei da convenção onde essas coisas foram acertadas sem que eu, também, desse o meu aval. O que leva essas pessoas, que eu nunca vi esperarem de mim que eu não saia na rua com minha calça inventada de alta-costura? Que eu não saia pelada? Que eu não converse com as árvores? E tantos outros comportamentos? Hum, preciso pensar a respeito. (Também penso a respeito sobre isso)

8. As listras brancas e negras

O mais estranho é que se eu decidir que a minha calça inventada de alta-costura será de listras horizontais, brancas e pretas, as pessoas irão associá-la às roupas dos presidiários, mesmo que eles não usem mais esse tipo de roupa. Listras brancas serviam para identificar os prisioneiros no escuro e as listras pretas para identificá-los nos ambientes claros. E eram horizontais para que não fossem confundidas com as grades da cela - verticais. Ora, mas eu não quero fugir, gente! Eu não quero ser identificada em ambiente algum, pessoal! Pelo contrário! Só queria andar em paz com minha calça inventada de alta-costura de listras horizontais, brancas e pretas, só isso.


9. O frio das geleiras

Ah... E agora você me diz: que coisa idiota, que grande alarido por causa de uma calça inventada de alta-costura, com listras horizontais, brancas e pretas, quando há tantos problemas no mundo! Sim, eu também acho! Se não tivéssemos inventado as roupas, quem sabe não teríamos ido morar nas geleiras e sobrevivido ao frio de tantas regiões. Estaríamos todos numa mesma faixa tropical; mais ou menos, com o mesmo tom de pele, os mesmos traços; uma vez que cada região resultou num fenótipo capaz de garantir a sobrevivência no local. As roupas, por sua vez, não teriam sido marca de distinção social, os melhores caçadores não teriam exibido suas melhores peles, nem mesmo aquele homem, o terno mais sofisticado. Logo, a culpa não é da minha pobre calça inventada de alta-costura, com listras horizontais, brancas e pretas, não é! De uma vez por todas, pessoal, deixem-me em paz com minha calça
inventada de alta costura! Poxa..."


Então, está tudo esclarecido agora? Espero que sim, confesso que tenho inveja dessa pessoa, mas será que devo ter inveja mesmo? Eu acho que posso fazer minha própria experiência interplanetária no meu quarto ou qualquer outro lugar de alguma forma, basta abrir a oficina de idéias.


Logo eu voltarei pra colocar a linda imagem de uma garota dentro do guarda-roupa, não será eu, infelizmente (até parece) uashshaushaushu, vamos parar pra pensar, uma pessoa que pensa por um segundo em cometer tal ato só pode ter companhias com o mesmo grau de "sanidade", então eu decidi "bater perna" pela internet e saí pedindo para várias amigas fazer esse "pequeno" favor para mim, e advinhem só, uma doce alma aceitou a minha proposta completamente decente.


E agora a parte do beijinho especial que todos estavam esperando, dessa vez o beijinho vai só pra Emily, que foi a pessoa que me apresentou a esse texto. E breve um outro beijinho em homenagem a modelo da foto.


P.s: Só pra constar, o que está entre parênteses no texto é comentário meu.

segunda-feira, 21 de junho de 2010

a caixa foi aberta ...

Olá blog, eu sou nova nisso, nem sei como começar, isso me faz lembrar de quando eu era pequena, ou melhor quando era criança (pequena ainda sou) e todo ano ganhava um diário, nunca tive paciência pra escrever nele (preguiça), daí eu escrevia num dia, passava um mês e eu pegava pra escrever, começava assim: "diário desculpa ter demorado tanto pra voltar, você sabe que eu ando muito ocupada, tá bom, é mentira, eu tenho preguiça mesmo e bla bla". Bom voltando ao meu primeiro texto, primeiramente pensei em explicar aqui o porquê do "poeiraextraterrestre", explicar que não sou uma poeira de marte como alguns devem imaginar O_O, mas a imagem do texto está em processamento, então vou ficar aqui enrolando pra nao deixar em branco. Pois bem, esse blog é bem pessoal, não pretendo revelar minha verdadeira identidade (não sou uma super heroína nem uma celebridade, até porque sempre gostei mais das vilãs), pois nunca gostei daquela frase "minha vida é um livro aberto", a minha ta longe de ser, pois aqui revelarei meu verdadeiro eu, não é questão de me importar com o que vão pensar, é questão de privacidade e confiança, sempre vivi me revelando apenas pra quem eu achava que merecia, portanto só os meus amigos mais íntimos saberão quem sou. Como o blog é meu escreverei o que eu quiser, pra quem eu quiser e quando eu quiser. Comentários e criticas são muito bem vindas. Sempre fui mais de escutar do que falar, não é a toa que temos apenas uma boca e dois ouvidos. Por enquanto é só, como diz a minha querida "filhote" Liz, deixarei a "caixa de pandora" (caixa craniana) descansar um pouco. Perceberam o quanto eu gosto de aspas e parênteses né? adoro entrelinhas, ironias, sarcasmo e duplo sentido. Quero aproveitar e mandar um beijinho especial pro Rapha com ph (L), pros meus leitores assíduos e toda a galera da vila de martenopólis.