sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Não assisto, mas meu professor recomenda

Cenas de Matrix

Agente Smith: "Eu gostaria de te contar uma revelação que eu tive durante o meu tempo aqui. Ela me ocorreu quando eu tentei classificar sua espécie e me dei conta de que vocês não são mamíferos. Todos os mamíferos do planeta instintivamente entram em equilíbrio com o meio ambiente. Mas os humanos não. Vocês vão para uma área e se multiplicam e se multiplicam, até que todos os recursos naturais sejam consumidos. A única forma de sobreviverem é indo para uma outra área. Há um outro organismo neste planeta que segue o mesmo padrão. Você sabe qual é? Um vírus. Os seres humanos são uma doença. Um câncer neste planeta. Vocês são uma praga. E nós somos a cura."

Agente Smith: "Sr. Anderson, surpreso em me ver? Então, tem consciência da nossa ligação. Não entendo bem como aconteceu. Talvez uma parte de você inserida em mim, algo sobrescrito ou copiado. Agora é irrelevante. O que importa é que o que aconteceu teve um motivo. Eu matei você. Vi você morrer com uma certa satisfação, devo dizer. Aí, algo aconteceu, algo que eu sabia que era impossível, mas que aconteceu assim mesmo. O Senhor me destruiu, Sr. Anderson. Depois disso, eu sabia as regras, entendia o que deveria fazer, mas não fiz. Não consegui. Fui compelido a ficar. Compelido a desobedecer. E agora aqui estou, por sua causa, Sr. Anderson. Por sua causa, não sou mais agente do sistema. Por sua causa, mudei, estou desconectado. Um novo homem, por assim dizer. Como você, aparentemente livre. Mas, como você sabe, as aparências enganam. O que me traz de volta ao motivo de estarmos aqui. Não estamos aqui porque somos livres, mas porque não somos. Não há como fugir da razão, como negar o propósito. Pois, como ambos sabemos, sem propósito, não existiríamos. Foi o propósito que nos criou. O propósito nos conecta. Ele nos impele. Nos guia. Nos motiva. O propósito nos define. O propósito nos une. Nós estamos aqui por sua causa, Sr. Anderson. Para tirar o que tentou tirar de nós. O propósito."

Agente Smith: "Eu realmente deveria lhe agradecer pois foi sua vida que me mostrou o propósito de toda vida, o propósito da vida é terminar!"

Pode piorar sim, Tiririca

Na semana passada teve início a edição 2010 daquela hora da tristeza de ser brasileiro que é o horário político na televisão. Tal como se apresenta, ele não escapa de duas alternativas: a mistificação ou a indigência. Se a campanha é rica, para cargo executivo e tem bons minutos na TV, não faltarão voos sobre as cidades e os campos, as florestas, os rios, as cachoeiras e os vastos horizontes, versão atualizada dos velhos filmes de Jean Manzon e do Amaral Neto Repórter, como concordarão os últimos moicanos que ainda se lembram deles. A música apoteótica cabe o papel de reforçar o entusiasmo de quem já o possui ou despertá-lo nos que ainda resistem. Capturam-se no intervalo depoimentos de populares que, numa impressionante coincidência, se mostram todos, ricos e pobres, jovens e velhos, homens e mulheres, tomados de admiração pelo candidato.

Se a campanha é governista, desfilarão exuberantes plantações, obras públicas tocadas em ritmo febril, fábricas funcionando a todo o vapor, povo gozando de escandinavo nível de bem-estar. Se é de caráter nacional, serão mostrados em rápida sucessão o Cristo Redentor e os arranha-céus da Avenida Paulista, uma baiana e um gaúcho em seu cavalo. Tudo isso, claro, se fez presente na semana passada no programa inaugural de Dilma Roussef, e não foi por acaso: é a campanha mais rica, nacional, governista e com mais tempo na TV. O programa teve ainda mais: uma espetacular sequência em que a candidata, à beira do Arroio Chuí, dialoga com o presidente Lula em Rondônia, à beira do Rio Madeira, os dois em posição de aplicar "um abração no nosso povo, um abração do tamanho do Brasil", como disse Lula.


O programa de Dilma teve tudo e mais um pouco, para ilustrar a mistificação. Perdeu seu tempo quem procurou um projeto de governo, uma definição sobre tema controverso. Quanto à indigência, repete-se a conhecida parada macabra dos candidatos a deputado, os tipos suspeitos alternando-se com os sinistros, os desconhecidos com os exóticos. Tudo muito rápido, um empurrando o outro como quem enfrenta um corredor polonês, atropelando-se para dar um recado que na maior parte das vezes se resume à recitação de um nome e de um número. Pince quem for capaz um candidato que coincida com suas visões e aspirações nessa feira de desesperados.


Não é a existência em si do horário político que deve ser posta em causa. O acesso, bem ou mal igualitário, dos candidatos e dos partidos ao mais central e mais crucial dos meios de comunicação é um avança a ser preservado. O problema é o modelo vigente. Ele está longe de oferecer informação que possibilite escolhas claras e conscientes do eleitor. E o pior é que ele é o começo de tudo, no processo político.


É preciso repensá-lo, se desejam eleições diferentes das que, ao fim e ao cabo, vão resultar nas instituições frouxas e da democracia de segunda ordem que temos hoje. Algumas regrinhas poderiam ajudar. Por exemplo, proibir, ou limitar, o uso de cenas externas. Ou exigir, em um programa por semana, ou dois, ou quantos se arbitrarem, a presença ao vivo do candidato. Perde-se na espetaculosidade hollywoodiana que as campanhas ricas se acostumaram a ostentar, mas ganha-se na autenticidade. Medidas como essas tenderiam a corrigir o que os programas têm de mais vazio e, com desculpa pela expressão, alienante. De quebra, diminui-se o custo igualmente hollywoodiano das campanhas políticas brasileiras.


Mas o ideal mesmo, para produzir uma mudança "radical", como diria o candidato Plínio de Arruda Sampaio, estrela inesperada da temporada, seria mudar o caráter do programa, que de "propaganda política" passaria a "informação política". A propaganda já dispõe das muitas inserções que, ao longo do dia, são obrigatoriamente veiculadas na TV e no rádio. As duas edições diárias do programa de cinquenta minutos ofereceriam entrevistas com os candidatos, reportagens e debates produzidos e mediados por entidades neutras supervisionadas pela Justiça Eleitoral. Utopia? De realização distante como o Brasil Grande do programa de Dilma? Certamente, mas quem sabe, martelando se desde já, um dia pega?


Por enquanto ficamos com Tiririca. Tiririca é um cantor, ou ator, ou humorista (?!), ou seja lá o que for, que se apresenta como candidato a deputado federal em São Paulo. Ele diz, em seu comercial: "Que faz um deputado federal? Na realidade eu não sei. Mas vote em mim que eu te conto". De boné, peruca e roupa que lembra um arlequim da roça, Tiririca termina com o slogan "Pior do que está não fica. Vote em Tiririca". Fica sim, amigo Tiririca. Já ficou.


Roberto Pompeu de Toledo, Revista Veja - 25 de agosto de 2010

domingo, 22 de agosto de 2010

Pensamento de uma tarde de domingo

Aprendemos no maternal a pintar, cortar e colar, na alfabetização vem à missão de escrever nosso nome, a caligrafia e a fazer tabuadas simples, no primário são as ciências (o que me deixava louca), a história, geografia, português básico. No ginásio essas matérias se expandem mais, e é acrescentado no currículo a física, química e biologia. Já no ensino médio normalmente sai da grade a religião, entra a filosofia e a sociologia, que em minha opinião o método de ensino não é lá muito diferente da religião. Ah como eu pude esquecer, tem o inglês que você estuda o verbo “To be” a vida inteira.

Mas em nenhum momento nos ensinam a viver a vida ou a encarar a morte, eles devem achar que temos que aprender isso em casa, com nossos pais, com nossa família ou amigos, por experiência própria. Se bem que eu particularmente acho que se existisse essa matéria não mudaria em nada nossa reação diante de determinadas situações como a perda, acho que não adiantaria ter no currículo escolar a matéria “perdas e ganhos” ou “como encarar perdas”, na teoria tudo é mais fácil, dar conselhos é fácil, apoiar é fácil, agora viver é outra coisa, digo que também é fácil, mas quando você se importa e se preocupa demais com as pessoas ao seu redor fica muito complicado.
E o que me deixa triste nesse momento em minha vida é que não conheço ninguém que tenha uma memória tão boa quanto a minha, e como alguém que tenha uma memória tão boa consegue esquecer o que ela menos quer, as ultimas palavras de um ente querido para ela.

Pra quem está acostumado com meus textos gigantes digo que por hoje não estou raciocinando muito, não expressei tudo que gostaria de passar. Alguns devem saber que estou “dodói”, portanto só ficarão com essas palavras. Espero que tenha algum significado para vocês.

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Assisto e recomendo: CSI

Priest - Eu celebro a missa todo Domingo.
Grissom - Obrigado, mas não.
Priest - Você não acredita?
Grissom - Em religião. Eu acredito em Deus, na ciência, no almoço de Domingo. Eu não acredito em regras que me dizem como eu deveria viver.
Priest - Mesmo quando elas foram feitas pela mão de Deus?
Grissom - Quantas "cruzadas" lutamos em nome de Deus? Quantas pessoas morreram por causa de suas religiões?
Priest - Fanatismo, não religião
Grissom - Semântica. Eles continuam mortos.


domingo, 8 de agosto de 2010

A estranha conhecida

Diferente de todos os rótulos e estereótipos existentes ...

Só quero ouvir a minha música, ler meus livros, movimentar o corpo com minha dança e assistir os meus filmes e séries ...




"às vezes me sinto como uma bala perdida"



Estranha e só, é questão de escolha. Eu escolhi ser assim

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Eis o perigo de mexer com pessoas inteligentes

O humorista Danilo Gentili postou a seguinte piada no seu twitter:
"King Kong, um macaco que, depois que vai para a cidade e fica famoso, pega uma loira. Quem ele acha que é? Jogador de futebol?"

A ONG Afrobras se posicionou contra. "Nos próximos dias devemos fazer uma carta de repúdio. Estamos avaliando ainda uma representação criminal", diz José Vicente, presidente da ONG.
"Isso foi indevido, inoportuno, de mau gosto e desrespeitoso. Desrespeitou todos os negros brasileiros e também a democracia. Democracia é você agir com responsabilidade", avalia Vicente.

Alguns minutos após escrever seu primeiro "tweet" sobre King Kong, Gentili tentou se justificar no microblog. "Alguém pode me dar uma explicação razoável por que posso chamar gay de veado, gordo de baleia, branco de lagartixa, mas nunca um negro de macaco?" (GENIAL)
"Na piada do King Kong, não disse a cor do jogador. Disse que a loira saiu com cara porque é famoso. A cabeça de vocês que têm preconceito."

Mas calma, essa não foi a tal resposta genial, e sim ESSA:

"Se você me disser que é da raça negra preciso dizer que você tambem é racista, pois, assim como os criadores de cachorros, acredita que somos separados por raças. E se acredita nisso vai ter que confessar que uma raça é melhor ou pior que a outra. Pois se todas raças são iguais então a divisão por raça é estúpida e desnecessária. Pra que perder tempo separando algo se no fundo dá tudo no mesmo?

Quem propagou a idéia que "negro" é uma raça foram os escravistas. Eles usaram isso como desculpa para vender os pretos como escravos: "Podemos trata-los como animais, afinal eles são de uma outra raça que não é a nossa. Eles são da raça negra". Então quando vejo um cara dizendo que tem orgulho em ser da raça negra eu juro que nem me passa pela cabeça chama-lo de macaco. E sim de burro.

Falando em burro, cresci ouvindo que eu sou uma girafa. E também cresci chamando um dos meus melhores amigos de elefante. Já ouvi muita gente chamar loira caucasiana de burra, gay de veado e ruivo de salsicha, que nada mais é do que ser chamado de restos de porco e boi misturados.

Mas se alguém chama um preto de macaco é crucificado. E isso pra mim não faz sentido. Qual o preconceito com o macaco? Imagina no zoológico como o macaco não deve se sentir triste quando ouve os outros animais comentando:
- O macaco é o pior de todos. Quando um humano se xinga de burro ou elefante dão risada. Mas quando xingam de macaco vão presos. Ser macaco é uma coisa terrível. Graças a Deus não somos macacos.

Prefiro ser chamado de macaco do que de girafa. Peça para um cientista fazer um teste de Q.I. com uma girafa e com um macaco. Veja quem tira a maior nota.

Quando queremos muito ofender e atacar alguém, por motivos desconhecidos, não xingamos diretamente a pessoa e sim a mãe dela. Posso afirmar aqui então que Darwin foi o maior racista da história por dizer que eu vim do macaco?

Se o assunto é cor eu defendo a idéia que o mundo é uma caixa de lápis coloridos. Somos os lápis dessa caixa. Um lápis é menos lápis que o outro só porque a cor é diferente? Eu desenho desde criança, então acredite em mim: Não mesmo. Todas essas cores são de igual importância. Ok. Ok. Foi uma comparação idiota. Confesso. Os lápis são todos do mesmo tamanho na caixa. E no mundo real o lápis preto é bem maior que o amarelo.

Mas o que quero dizer é que na verdade não sei qual o problema em chamar um preto de preto. Esse é o nome da cor não é? Eu sou um ser humano da cor branca. O japonês da cor amarela. O índio da cor vermelha. O africano da cor preta. Se querem igualdade deveriam assumir o termo "preto" pois esse é o nome da cor. Não fica destoante isso: "Branco, Amarelo, Vermelho, Negro"?. O Darth Vader pra mim é negro. Mas o Bill Cosby, Richard Pryor e Eddie Murphy que inspiram meu trabalho, não. Mas se gostam tanto assim do termo negro, ok, eu uso, não vejo problemas. No fim das contas é só uma palavra. E embora o dicionário seja um dos livros mais vendidos do mundo, penso que palavras não definem muitas coisas e sim atitudes.

Digo isso porque a patrulha do politicamente correto é tão imbecil e superficial que tenho absoluta certeza que serei censurado se um dia escutarem eu dizer: "E aí seu PRETO, senta aqui e toma uma comigo!". Porém, se eu usar o tom correto e a postura certa ao dizer "Desculpe meu querido, mas já que é um afro-descendente é melhor evitar sentar aqui. Mas eu arrumo uma outra mesa muito mais bonita pra você!" sei que receberei elogios dessas mesmas pessoas, afinal eu usei os termos politicamentes corretos e não a palavra "preto" ou "macaco", que são palavras tão horríveis.

Os politicamentes corretos acham que são como o Superman, o cara dotado de dons superiores, que vai defender os fracos, oprimidos e impotentes. E acredite. Isso é racismo, pois transmite a idéia de superioridade que essas pessoas sentem de si em relação aos seus "defendidos".

Agora peço que não sejam racistas comigo por favor. Nao é só porque eu sou branco que eu escravizei um preto. Eu juro que nunca fiz nada parecido com isso nem mesmo em pensamento. Não tenham esse preconceito comigo. Na verdade sou ítalo-descente. Italianos não escravizaram africanos no Brasil. Vieram pra cá e assim como os pretos trabalharam na lavoura. A diferença é que Escrava Isaura fez mais sucesso que Terra Nostra.

Ok. O que acabei de dizer foi uma piada de mal gosto porque eu não disse nela como os pretos sofreram mais que os italianos. Ok. Eu sei que os negros sofreram mais que qualquer raça no Brasil. Foram chicoteados. Torturados. Foi algo tão desumano que só um ser humano seria capaz de fazer igual. Brancos caçaram negros como animais. Mas também os compraram de outros negros. Sim. Ser dono de escravo nunca foi privilégio caucasiano e sim da sociedade dominante. Na África, uma tribo vencedora escravizava a outra e as vendia para os brancos sujos.

Lembra que eu disse que era ítalo-descendente? Então. Os italianos podem nunca terem escravizados os pretos, mas os romanos escravizaram os judeus. E eles já se vingaram de mim com juros e correção monetária, pois já fui escravo durante anos de um carnê das Casas Bahia.

Se é engraçado piada de gay e gordo, porque não é a de preto? Porque foram escravos no passado hoje são café-com-leite no mundo do humor? É isso? Eu posso fazer a piada com gay só porque seus ancestrais nunca foram escravos? Pense bem, talvez o gay na infância também tenha sofrido abusos de alguém mais velho com o chicote.

Se você acha que vai impor respeito me obrigando a usar o termo "negro" ou "afro-descendente", tudo bem, eu posso fazer isso só pra agradar. Na minha cabeça você será apenas preto e eu branco, da mesma raça, a raça humana. E você nunca me verá por aí com uma camiseta escrita "100% humano", pois não tenho orgulho nenhum de ser dessa raça que discute coisas idiotas de uma forma superficial e discrimina o próprio irmão."

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Um World Trade Center no meu coração

Será que a morte resolve? Não quero que sofra dores físicas. Só quero que não exista mais, para eu não ter de esperar todo dia pelo dia de você voltar. É que há épocas em que estou lúcida e te odeio muito - cato o saco de motivos que me deu, e vasculho até lhe desejar o fim. Mas há outras em que me falha a memória e a saudade me traz você bom, adorável. Aí amo e amo e amo até me perder na ilusão. Só vou reaver-me dias depois, já de joelhos vasculhando o chão à procura de minha vida.

Nessas horas, daria o senso de humor e um dedo mindinho para saber o que você anda pensando aí nas distâncias. Pensa na Guerra do Iraque? Nos planetas não descobertos? Deseja aprender o chinês? Pensa em mim quando acorda? E quando vai dormir? Inventa casas para morarmos, planeja viagens pelo Tibet, escolhe veleiros para atravessarmos o Pacífico?

Preciso tanto arrumar tempo para aprender a te querer menos, mas ando muito ocupada remendando um coração partido. É tarefa longa, não costuro bem. E longa é a avenida de clichês que se engarrafam no rush da minha cabeça. Amor burro.

Às vezes me assolam desejos insanos. Quero subir no farol da praia e gritar seu nome bem alto. Quero pichar o Pão de Açúcar com versos apaixonados. Desejo plantar bandeiras de amor nos arranha-céus de Xangai e anseio por lavar o chão da rodoviária de São Paulo ou marchar sobre os cotovelos, se isso tornar provável nossa história impossível.

E tem dias de decisões. Nenhuma lágrima mais, nenhum lamento! Plantarei um World Trade Center inatacável dentro do meu coração. Cavalgarei quatro luas no cavalo que você me deu para a noite engolir o escuro que há dentro de mim. Acenderei uma alameda de velas para te celebrar. No dia de teus anos, acompanhada dos seres que amam sem medo, vou, em procissão, pedir à Mãe que te liberte para amar assim. Pedirei também que sua vida seja boa e feliz. E construirei uma capela na colina mais bonita, para lembrar a Deus que tenho esperanças. Sento ali e espero um milagre. E depois de 50 anos, se nada acontecer, morro eu, cansada por sofrer dores físicas a cada dia que meu corpo gritou pelo seu.

E olha que eu só queria andar de mãos dadas e viver contente a seu lado.

Maitê Proença - Crônica da revista época (21 de novembro de 2003)

sábado, 17 de julho de 2010

Um pouco mais sobre a garota por trás da Pandora

Voltei, eu gostava de azul, eu gosto do Picasso só porque ele teve uma fase azul, atualmente eu gosto de lilás/roxo. Agora meu quarto é azul, quem sabe daqui a 10 anos meu quarto será lilás ou roxo. Eu não sei desenhar, quero muito aprender. Eu tenho uma pinta na sola do pé, minha avó dizia que só as princesas tinham pintas na sola do pé, meu pai sempre com a brincadeira boba que tinha um bicho no meu pé e que deveria tirá-lo, pais, quem merece? Conversando com um amigo fez-me lembrar de quando eu era pequena e na hora de brincar de Power ranger sempre queria ser a Astronema, no máximo a ranger amarela, mesmo odiando a cor amarela. Eu comprei um painel de fotos, sempre quis ter um (aprendi que quando se quer algo, não espere que a vida te dê de graça). Eu não sou fã de ser fotografada, não sou fotogênica, mas estou pensando em posar de modelo fotográfica. Eu quero subir numa árvore. Eu conto finais de filme, ninguém gosta, então eu me seguro um pouco, até quando não sei o final faço a suposição exata, tenho culpa se falas e cenas de filmes, séries e novelas são tão previsíveis?

Eu gosto de irritar as pessoas, de uma maneira saudável é claro. Eu sinto falta de onde morei parte da minha infância, eu sinto falta da constelação no teto do quarto, eu sinto falta de um velho amigo, sinto falta da reciprocidade, eu aprendi por um tempo a não sentir falta das pessoas, acho que estou desaprendendo. Eu quero esquecer esse amigo. Eu parei de roer unhas depois de uma aula de biologia onde mostrava todas as bactérias que ficam na unha. Eu não gosto de palhaços, apesar de ter ido muitas vezes ao circo quando pequena. Eu falei no post anterior que tenho boa memória, às vezes é muito bom, mas na maioria das vezes, pelo menos nos últimos tempos tem sido muito ruim, lembrar todos os dias de coisas boas não tem compensado não tirar da cabeça as ruins.

Percebi há muito tempo que todo o esporte onde tenha uma bola não é a minha praia, mesmo assim quero jogar futebol um dia. Só porque não me dou bem com bolas não quer dizer que eu não goste de esportes, e como gosto.

Descobri recentemente o significado da palavra agnóstico, e acho que sou agnóstica, minha família não sabe e como disse antes não sou corajosa, me falta coragem pra falar. Mas acho também que acredito em anjo da guarda, minha tia é o meu. Tenho um sinal no braço que parece o formato do estado do Amapá (sério), minha mãe tem esse mesmo sinal na perna (calma, não sou filha da Angélica).

Tenho medo de esquecer as pessoas que já se foram, fico triste por não lembrar mais da voz de uma pessoa que não está mais aqui nesse mundo, ninguém sabe, mas ainda sofro muito com sua perda, o que eu mais gostava nele é que era o único que não me deixava ganhar no jogo de baralho, então quando eu ganhava sabia que era mérito meu e ficava muito feliz. Acho que ele foi uma das pessoas que me ensinou que devemos aprender desde criança que não podemos ter tudo, e que se quisermos algo vamos lutar por isso e não ficar esperando que as coisas aconteçam. Eu gosto de conversar sobre a vida com a minha Tia, o Mineirinho, o mineirinho caipira Dudu, Luma e com a Laura. Acho orgulho e ciúmes uma grande perda de tempo e acho que a vida ou o amor nem são complicados, nós que complicamos demais tudo.


Eu não quero mais escrever, não vou e nem quero mais concluir isso. Não sei quando volto. Até um dia para todos. (Tradução: sim, estou fugindo e sem passagem de volta)



quarta-feira, 14 de julho de 2010

Um pouco sobre a garota por trás da Pandora

Vou começar por medos, bom eu tenho medo de barata, pode rir, toda garota que se preze tem medo de barata, algumas por nojo, outras por frescura, no fundo todas sabemos que ela não fará nenhum mal a nós. Mas também existem alguns medos por traumas, eu tive o meu momento de trauma com uma, não, quem dera fosse só uma, foram algumas baratas e pior, baratas voadoras! Visualizem a cena: uma garota de 6/7 anos descendo as escadas da casa de sua avó que dá direto no quintal, no meio da noite algo chama sua atenção, baratas voadoras rodeando sua cabeça, como ela não tinha medo ficou só observando como se as baratas fossem como qualquer outro animal inofensivo (pior que elas são), de repente as baratas "atacaram" a pobre garota, se batendo nela como se quisessem feri-la, a menina tentando se proteger acabou caindo da escada e se machucando feio. Depois disso jurou ódio eterno a todas as baratas, o mais engraçado disso tudo é que ela foi pra casa e só tinha o seu padrasto lá, a garota chorava de dor e chorava ainda mais pela cara dele de pânico por não saber o que fazer com o seu machucado, ele cuidou tão bem do machucado que até hoje ela tem a cicatriz no braço. Eu me lembro daquele dia todo momento que olho pra ela. Encerrando meu medo por baratas, vamos a um medo mais bizarro (se preparem porque é cada um mais “besta” que o outro), aranhas, elas bem que poderiam não existir, meu mundo seria melhor sem elas, eu não sei quando comecei a ter medo delas, mas foi recente, tenho tanto medo que chego a ter pesadelos com elas. Acho que todos já viram um filme em que as aranhas atacavam toda uma cidade, e tem uma cena em que ela se esconde no sapato de um homem. Qual a lição que todas as crianças aprenderam com isso? Sempre olhem e sacudam bem seus sapatos antes de calçá-los, eu aprendi isso. :)

Vamos agora a dois medos que se pode dizer "aceitáveis", medo de altura e de velocidade (é eu não sou chegada em parque de diversão, aquilo pra mim está longe de ser o paraíso), bom estou trabalhando nesses medos, encarando-os, pois não sei se é por causa da situação que estou passando, mas ando com muita vontade de sentir adrenalina, enfrentar medos com certeza se encaixa na minha lista, e ninguém merece deixar de viver algo intenso por medo, medo que a gente nem sabe de onde surgiu. Tenho medo de perder as pessoas que amo, esse medo não sei como trabalhar nem enfrentar. Tenho medo de multidões. Tenho medo de magoar/decepcionar as pessoas que confiam em mim, tenho medo de morrer, tenho medo de ônibus, tenho medo de facas, de escadas, tenho medo de cair, tenho medo que encostem a mão no meu pescoço (minha mãe acha que fui enforcada em outra vida O_O). Eu tenho medo de crescer e ser responsável. Eu quero parar de ter medo do medo.

Eu mudo de planos e sonhos constantemente, mas claro que tem alguns que permanecem. Meu sonho secreto é escrever um livro (agora ele não é mais secreto), mas o meu sonho mais secreto eu não revelarei, porque como dizem, nos mais clássicos dos filmes “eu teria que matar vocês se contasse”. Acho que quando tinha 10 anos decidi que meu sonho era morar sozinha, mas nunca parava pra pensar como agora que não tinha/tenho independência suficiente para isso. Eu quero viajar, antes sonhava em conhecer todo o mundo, de ponta a ponta, mas agora eu sonho em viajar por hora apenas pelo meu país, pelo meu estado que é tão lindo ou até mais que vários sonhos de consumo. Eu quero fazer uma festa no estilo dos anos 80, eu quero conhecer pessoas que estão longe, eu quero terminar um livro, eu quero terminar uma borracha, eu quero tocar piano, violino e guitarra, eu quero pintar. Quero voltar a correr e sentir o vento bater no meu rosto. Quero andar de bicicleta e de patins, brincar de bambolê mais uma vez.

Acho que toda criança sonha em um dia poder "tirar os cachorros das ruas", gente, por favor. Hoje em dia eu acho esse sonho o mais absurdo que existe, porque sonhar em tirar animais das ruas quando se tem PESSOAS passando fome e frio nelas? Porque não sonhar em montar uma ONG ou um projeto junto com amigos que pensem da mesma maneira e ajudem a tirar as PESSOAS das ruas dando moradia, educação, alimentação, instrução e tudo que uma pessoa precisa para sobreviver nesse mundo de uma maneira digna? (essa é minha nova meta de vida em relação a mudar a vida de uma pessoa ou várias pessoas). Querem ajudar alguém, façam trabalhos voluntários, doem, ajudem de verdade, os animais não é o futuro, não são eles que vão cuidar de nossas ruas e defender o nosso patrimônio. Essa é a realidade, acordem! Vocês não são mais crianças e se coloquem na merda do lugar de alguém que vive nas ruas, passando fome, se drogando, assaltando, se matando e morrendo por sobrevivência. Sonhando quem sabe em que um dia alguém pense em dar oportunidade, e em vez de querer ajudar os cães de rua queira ajudar eles.

Eu gosto de pão, pão de queijo, queijo, eu não consigo pensar em nada mais gostoso. Eu gosto de ler, eu gosto de história, eu gosto de séries, eu gosto de filmes, eu gosto de desenhos, incrivelmente eu gosto de mudança, a garota que sempre faltava o primeiro dia de aula por não gostar do novo, mas que não parava pra pensar que o segundo dia de aula ainda seria o primeiro pra ela. Eu gosto do meu quarto, eu gosto da saraiva, eu gosto de mapas, eu gosto de palavras cruzadas, eu gosto de aprender outros idiomas, eu gosto de viajar, eu gosto de deixar alguém feliz, eu gosto de jogos, videogame, eu gosto de cachorros, eu gosto do frio, eu gosto da minha cama, eu gosto do meu travesseiro (levo ele pra tudo que é canto), eu gosto de aprender palavras novas, eu gosto de gatos, mas minha mãe briga comigo toda vez que chego perto de um, tenho alergia e passo por crises fortes quando a desobedeço (a Laura me lembrou desse gosto), também tenho alergia a picada de inseto e a epitélio de cão, mesmo assim sempre tive cães (Princesa, Sissi, Duque), são minha paixão com ou sem alergia. Eu gosto mais de café que Nescau, eu gosto mais de chocolate do que morango, gosto mais de sal do que açúcar. Eu não gosto de limão nem de cebola.

Eu não gosto de futilidade e vaidade excessiva, não gosto de pessoas consumistas. Eu não gosto de relógio, não gosto de salto, só se ele estiver numa bota, eu não gosto de seguir uma moda, uso e compro porque gosto, não porque todos estão usando e comprando, não suporto a frase “compra ou usa isso, tá na moda”. Abomino ignorância, arrogância, infantilidade (brincadeira tem sua hora), eu não gosto de carregar o sentimento de culpa. Gosto de carregar coisas boas.





Eu tenho mania de fugir, eu tenho mania de me acomodar, eu tenho mania de me calar, tenho mania de não responder, não sou determinada, nem corajosa, não sou pontual, sou inconstante e por isso muitas vezes previsível, me comunico apenas com quem acho interessante, claro que antes dou a oportunidade da pessoa mostrar o que é para depois rotulá-la de interessante ou não. Tenho dificuldade de expressar o que sinto e muitas vezes eu passo por desinteressada. Sou distraída, vivo no meu "mundo", minha mãe é minha melhor amiga, gosto de conversar com ela. Tenho boa memória. Mudo de assunto com facilidade, perceberam né?

Nunca acreditei em papai Noel, eu dizia pra minha mãe “mãe esse ano eu quero que o papai Noel me de isso e aquilo”, sabendo que ela ia comprar. Sempre acreditei que amigos eram momentos, mas decidi que agora os meus amigos serão meus amigos em todos os momentos. Bom tem uma coisa bizarra que eu acreditava, minha mãe e minha professora da alfabetização me fizeram acreditar que Jesus voltaria um dia, então o que eu fazia? Perguntava pra minha mãe se eu era uma boa pessoa e ficava com medo dele não gostar de mim. Mãe eu nunca vou ter perdoar por isso. :)

Por hoje é só isso, talvez eu volte e adicione mais coisas a meu respeito, afinal sendo tão inconstante tudo pode mudar, ou não.

terça-feira, 13 de julho de 2010

Bagunça no ponto de vista de "Aline"

Eu estava por aí lendo blogs alheios como de costume e me deparei com um texto que fala exatamente de como eu penso e me sinto em relação à bagunça do quarto ser a bagunça interna refletida, Aline Munhoz (direitos autorais dela) achou as palavras que eu estava procurando. Vou colocar aqui o post dela.


Chama-se des - re - construir

"A desconstrução começa a partir da bagunça.

Bagunça de pensamentos, de sentimentos. Bagunça no quarto é a bagunça interna refletida. É um fenômeno descrito por uma área da psico que não manjo muito.
Bagunça na vida... tantas possíveis causas e apenas uma sensação: Confusão.

Organização implica movimento. Disposição pra arrumar, limpar pensar na melhor forma de dispor as coisas, cada qual em seu lugar (ainda que este lugar seja temporário).

Questiono-me, então, por que muitas vezes a mesma disposição para a organização da bagunça superficial não se aplica a bagunça interna? Aquela que sem sombra de dúvidas exerce maior influência sobre nossos comportamentos durante os dias que se repetem numa dança ilusória e muitas vezes monótona...

Para organizar tem que haver bagunça. E aí está meu ponto:

O quanto de bagunça interna é necessária a cada um para que comecemos a nos movimentar no sentido da busca pela organização?

O nosso desconstruir, quando ocorre, muitas vezes é espontâneo, frente as situações nas quais estamos inseridos. E se nestas estamos é porque chegamos num nível de bagunça tal que nos impulsiona a fazer algo... Penso que pode ser como um coma que ocorre no organismo, só que ao contrário.

E frente ao meu atual desconstruir eu me percebo hora como mera espectadora do diálogo entre sentimentos/emoções e razão, hora como sujeito ativo no conflito que trava meus pensamentos e põe meu cérebro em choque.

Cada peça volta ao seu lugar depois de algum tempo, mas de uma maneira reorganizada, reconstruída, reposicionada.

TILT TILT! A máquina trava as vezes e no momento tem travado com mais frequencia.
Antigos pressupostos sendo deixados para trás, novas experiências, novas necessidades.
Busca por sentidos pessoais mais abrangentes. E como ouvi hoje.. bem dito, sempre vindo de alguém que 80% das vezes acerta, "percebi que estamos mesmo crescendo, já somos adultinhas".

Grandes momentos de filosofia, grandes lições, grandessíssemas reconstruções em operação ao meu redor e dentro de mim.

Apesar da visão romantizada da vida ter sido um tanto quanto... bombardeada (no melhor sentido) por amigos especialísimos^^, ainda acredito nos seres humanos e em seu potencial de desconstrução em prol das melhorias.

Vamos vamos! mudar, vamos lá! Choques, reflexões, ceder, lutar, se encontrar, se perder, preferir, negar, ignorar, conhecer, chorar, se mover, sorrir, gargalhar...

vamos viver.
É o que tem pra hoje."


Nota-se que ela é aluna de psicologia. Foi aí que me ganhou, pra quem não sabe psicologia é minha paixão (ou foi, nem sei mais), infelizmente abandonei a faculdade por problemas pessoais e porque tenho certa dificuldade em concluir algo que começo, eu estou trabalhando nisso ainda.

sábado, 10 de julho de 2010

Palavras

Posso parecer uma tagarela, mas a verdade é que nunca podemos julgar alguém, não sabemos da sua história, do seu passado, o que a levou ou leva a agir de tal maneira. Fiquei tempo demais calada, agora que quero falar nada nem ninguém vai me impedir. Como eu disse no primeiro post "a caixa foi aberta" e só eu posso fechá-la.


P.s: Um post pequeno para alegria geral da nação (que não me interessa)




Preparou, bebeu, Faz

Acho que grande maioria da população brasileira já assistiu essa propaganda da Tang sobre reciclagem, se não viu veja agora: http://www.youtube.com/watch?v=8bcspu5Qvhw

P.s: Eu fiquei muitos minutos esperando carregar a merda do vídeo pra na hora dar erro (Y), agora quem quiser vai ter que acessar o link no youtube mesmo ;)

O que eu quero na verdade é mostrar que se cada um como diz no vídeo fizer a sua parte para cuidar do planeta o mundo ficará melhor, fiz o meu dever de casa, pesquisei sobre desenvolvimento sustentável, e aqui vão algumas (muitas) dicas do manual da etiqueta sustentável. Quem quiser tomar mais conhecimento sobre o assunto e mais dicas vai no link do site do swu ou planeta sustentável que colocarei aqui: http://www.ecodesenvolvimento.org.br/buscar.htm?query=dicas-voce-ecod http://planetasustentavel.abril.com.br/manual/index.php

P.s²: Deixem a preguiça de lado e leiam, nem que seja um tópico por dia, se vocês não tem o pensamento egoísta e querem fazer a diferença no mundo leiam e façam!

> Água (Quase 20% da população do planeta (mais de 1 bilhão de pessoas) não tem acesso à água potável

Aquela água que sai da máquina depois da lavagem de roupas pode ser reaproveitada para lavar a área de serviço.

Despejar restos de tintas, vernizes, inseticidas e outros produtos químicos no vaso sanitário ou no ralo contamina a água e dá um trabalhão para as companhias de saneamento. Se sobrar, doe. Pontas de cigarro, preservativos e absorventes podem até entupir encanamentos.

> Energia elétrica (Quase 87% da energia produzida no Brasil vem das hidrelétricas, fontes limpas, mas limitadas)

Parece incrível, mas limpar periodicamente todas as lâmpadas da casa pode ajudar a economizar energia.

Abrir a geladeira e ficar pensando no que vai pegar pra comer com a porta aberta gasta energia.

O monitor ligado, mesmo com aquele descanso de tela bacana, é responsável por até 80% do consumo do computador. Mais eficiente é configurar a máquina para o modo de economia de energia. Assim, ele vai desligar automaticamente toda vez que você se ausentar.

Seja bem-vinda a luz natural! Abrir janelas, cortinas, persianas, deixar o sol entrar e iluminar a casa é bem melhor que acender lâmpadas desnecessariamente. Além de fazer muito bem ao seu humor, você também vai economizar dinheiro no fim do mês.

Desprezar o elevador e utilizar a escada se tiver de subir ou descer um ou dois andares faz bem a saúde e economiza energia elétrica.

Evitar a torneira elétrica nos dias quentes é uma atitude sensata e econômica. Aliás, para quê esquentar a água da pia se vivemos num país tropical? Pense nisso.

Esquecer o carregador de celular ligado parece um pequeno descuido, mas gasta muita energia elétrica. Os aparelhos que ficam dia e noite em modo stand by são mais uma nova invenção em nome do conforto. Só esqueceram de dizer que isso consome energia sem necessidade. Puxar a tomada de todos eles quando não estiverem em uso faz o valor da conta de luz cair bastante.

Muita gente usa o forno de microondas como relógio de cozinha, porque deixa o aparelho ligado dia e noite, mesmo sem uso. Esse pequeno descuido também contribui significativamente para o aumento do consumo de eletricidade.

> Cidadania (Ser um cidadão é participar das decisões da sociedade em benefício de uma cidade melhor e de um país mais justo para todos)

Temos o direito e o dever de denunciar abusos contra o meio ambiente, como o despejo de lixo nos rios, desmatamentos e maus tratos aos animais.

Cobrar atitudes dos políticos também faz parte da nossa cidadania. Levar seu filho à escola em caminhadas é saudável. Faz com que ele se habitue a andar a pé e preste mais atenção ao lugar onde vive. Se não for possível, dê carona aos coleguinhas dele.

Ir às compras caminhando até o mercadinho ou à feira perto de casa pode ser divertido e saudável. Vá lá, pode ser que um ou outro produto esteja um pouco mais caro que naquele hipermercado de sua preferência. Mas a economia de combustível e de paciência ao se evitar aquela procura cansativa por uma vaga no estacionamento lotado não tem preço.

Não tem atitude mais grosseira e anti-cidadã que atirar latas ou outros dejetos pela janela do carro. As crianças precisam saber disso quando estão a bordo.

Conscientizar seus filhos dos problemas com o aquecimento global sem fazer terrorismo faz bem para a formação deles. A idéia não é deixá-los sem esperança, mas bem informados e dispostos a cuidar melhor do planeta que as gerações passadas.

Cobrando dos vereadores, do prefeito e do governador melhorias no transporte coletivo urbano, você contribui para aumentar a mobilidade e a qualidade de vida para todos os cidadãos. Esse exemplo de cidadania pode ser realizado por telefone ou pela internet.

Ser cidadão é também praticar o voluntariado em uma instituição próxima da sua casa ou do trabalho, doando um pouquinho do seu tempo para quem necessita.

Quem gosta da companhia de animais domésticos em casa pode optar pela adoção, em vez de gastar dinheiro na compra de um no Pet Shop. Essa atitude ajuda a tirar um cão ou gato das ruas, evitando doenças como a raiva.

Convencer pessoas céticas de que as atitudes aqui sugeridas podem ajudar a mudar o mundo para melhor é um exercício árduo, mas com certeza pode resultar em mudanças de comportamento suaves, mas importantes na direção da sustentabilidade.

> Consumo (Consumidor consciente é o que equilibra a sua satisfação pessoal com a sustentabilidade do planeta, ou seja, não compra mais do que precisa)

"Ao fazer compras, prefira levar sua própria sacola de pano ou plástico durável", aconselha o presidente do Instituto Ethos, Ricardo Young. Com esse gesto simples, contribuímos para acabar com a farra das sacolinhas plásticas, que entopem cada vez mais os lixões das grandes cidades, além de poluir rios e oceanos.

Dar preferência ao consumo de produtos locais e da estação faz a diferença. Eles não precisam ser transportados de longa distância e, por isso, a emissão de carbono e de poluição é mínima. A última moda nos melhores restaurantes da Itália é o “cardápio 0 km”. Lá eles servem apenas pratos feitos com ingredientes provenientes de produtores da vizinhança.

Na hora das compras lembre-se de que tudo o que está nas prateleiras das lojas teve um gasto de energia elétrica e de recursos naturais para ser produzido, inclusive as embalagens. Escolher produtos com menos embalagens é sempre uma boa idéia.

Passar pelo menos um dia por semana sem entrar em uma loja é um bom começo de aprendizado para abolir o vício das compras compulsivas. Se entrar, ao menos recuse as sacolas plásticas e embalagens em excesso.

Ir ao mercado com o estômago cheio evita compras desnecessárias de alimentos. Não, não é superstição, muito menos simpatia. Já está provado que com fome somos impulsionados a colocar na cesta comida a mais do que iremos consumir durante a semana.

É possível educar as crianças na direção da sustentabilidade, dando a eles pequenas tarefas domésticas a favor da causa, como ficar de olho nas luzes acesas sem necessidade e no desperdício de água, ou separar material para reciclagem.


> Reciclagem (Um terço do lixo doméstico brasileiro é composto por embalagens que poderiam ser recicladas)

Parar e pensar bem antes de descartar objetos que já não interessam mais permite que você se motive a doá-los a alguma entidade assistencial. Esse material que está apenas ocupando espaço em casa certamente será útil para muita gente.


Restos de alimento que você despeja na lixeira são bons fertilizantes orgânicos. Espalhar casca de ovo, de fruta e de legume, pó de café, saquinho de chá e pão velho nos vasos ajuda a deixar as plantas mais fortes e bonitas.

Revistas e jornais velhos podem ser doados para a escola de seus filhos sem constrangimento. Ou mesmo para as escolas e creches instaladas em seu bairro. Com elas, os professores fazem trabalhos artísticos e de colagem com os alunos.

A rua não foi feita para jogar lixo, mesmo que seja uma ponta de cigarro. Resíduos despejados no chão vão parar nas “bocas de lobo”, podem entupir a rede de esgotos e causar enchentes. Se chegarem aos córregos, rios e mananciais farão um grande estrago, poluindo as águas.

Estas informações não são descartáveis. Você pode “reciclá-las” enviando este Manual para os amigos (os inimigos também!), parentes, alunos, vizinhos e, também, políticos.

sexta-feira, 9 de julho de 2010

amizade

Segundo o Wikipédia a amizade (do latim amicus; amigo, que possivelmente se derivou de amore; amar, ainda que se diga também que a palavra provém do grego) é uma relação afetiva, a princípio sem características romântico-sexuais, entre duas pessoas. Em sentido amplo, é um relacionamento humano que envolve o conhecimento mútuo e a afeição, além de lealdade ao ponto do altruísmo. Neste aspecto, pode-se dizer que uma relação entre pais e filhos, entre irmãos, demais familiares, cônjuges ou namorados, pode ser também uma relação de amizade, embora não necessariamente.

A amizade pode ter como origem, um instinto de sobrevivência da espécie, com a necessidade de proteger e ser protegido por outros seres. Alguns amigos se denominam "melhores amigos". Os melhores amigos muitas vezes se conhecem mais que os próprios familiares e cônjuges, funcionando como um confidente. Para atingir esse grau de amizade, muita confiança e fidelidade são depositadas.

Muitas vezes os interesses dos amigos são parecidos e demonstram um senso de cooperação. Mas também há pessoas que não necessariamente se interessam pelo mesmo tema, mas gostam de partilhar momentos juntos, pela companhia e amizade do outro, mesmo que a atividade não seja a de sua preferência.

Amizade por correspondência, e sua versão século XXI, a amizade virtual, são relacionamentos entre pessoas que se comunicam por carta ou internet, e desenvolvem entre si sentimentos idênticos ao de uma amizade tradicional, sem de fato jamais terem se conhecido pessoalmente; ou quando muito, se encontraram poucas vezes.

A amizade é uma das mais comuns relações interpessoais que a maioria dos seres humanos tem na vida. Em caso de perda da amizade, sugere-se a reconciliação e o perdão.
Carl Rogers diz que a amizade "é a aceitação de cada um como realmente ele é".

Eu tenho poucas amigas, pensando melhor, eu tenho muitas amigas. Com certeza existem pessoas que não tem nem a metade das amizades verdadeiras e sólidas que eu tenho. Bom eu bem que queria escrever um post para cada uma delas, mas isso vai levar certo tempo, primeiro que sou ansiosa (é uma palavra que me dá medo, pois nunca soube como se escreve, sempre tem aquela palavrinha que acaba com a gente, que passamos às vezes uma vida inteira sem saber como é a grafia correta, eu não quero passar nem mais um minuto sem saber como se escreve essa, vou olhar no dicionário). Segundo que elas merecem mais que simples palavras num blog, se bem que esse blog para mim é uma espécie de marca que quero deixar da minha passagem nesse mundo. Então pretendo deixar claro e explícito meus sentimentos para as pessoas que amo. Cada uma vai aparecer no tempo certo (vai depender daquela inspiração). Pois bem, esse post é uma espécie de homenagem a elas: minhas amigas, que souberam esperar meu tempo dentro do “casulo”, e agora que eu saí dele que nem uma borboleta sai do seu, me surpreendi, não deveria, mas me surpreendi sim. Não esperava que quando eu abrisse as minhas asas e levantasse vôo iriam ter tantas borboletas (amigas) ao meu lado compartilhando e apoiando minha nova fase de descobertas, a minha evolução como ser humano.

Eis as minhas borboletas:

Borboleta Bruna

Borboleta Suzelle



Borboleta Viva

Borboleta Lilifield


Borboleta Iara


Borboleta Poly


Borboleta Raquel

Borboleta Juliana


Borboleta Samia



Borboleta Rafaela




Borboleta Emily



Borboleta Luma

Obrigada por não desistirem de mim!

Não posso deixar de citar alguns nomes, pessoas que eu adoro, quem sabe até amo, e que quero que se mantenham em minha vida firmes e fortes: Ana (monstrinha), Alice (mãe), Bia, Erica, Flávia, Fernanda, Hanny, Janaína, Jé, Ju (sandrão), Laura, Liz, Naila, Nayara, Mariana, Suanny, Taciane e Roberta. Se esqueci de alguém me perdoe, acabei de acordar (desculpa esfarrapada).

E é claro não poderia esquecer jamais dos meus amigos, nada haver colocá-los como borboletas, ficaria muito estranho ushaushuashuahs. Para eles eu posso agradecer pelos momentos de desabafo, por compartilhar medos, sonhos e planos. Obrigada por serem a melhor companhia desse mundo Aquim, Rafael e Weender, vocês fazem a diferença na minha vida. Obrigada por não serem apenas simples passageiros. Vou levar vocês três na minha bagagem até o fim

Uma pequena lista sobre o que é ser amigo. Fonte: Wikipédia

A tendência de desejar o melhor para o outro.

Simpatia e empatia; honestidade; lealdade.

A amizade leva a um sentimento de altruísmo e lealdade, ao ponto de colocarmos os interesses do outro à frente de seu próprio interesse. Amizade resume-se em lealdade, confiança e amor, seja fraterno ou mais profundo.

Faz parte da amizade não exacerbar os defeitos do outro e dividir os bons e maus momentos.

Os amigos evitam ser sufocantes ao outro para que haja respeito nos direitos deste. Evitam também sufocá-los com exigências, para que não haja o risco de perdê-los.

Os amigos se sentem atraídos pelos outros pela forma que eles são e não pelo que eles possuem.

As verdadeiras amizades tudo suportam, tudo esperam, tudo creem e tudo perdoam pelo simples fato de existir entre eles o verdadeiro amor, também conhecido como amor storge = amor de amigos.

segunda-feira, 5 de julho de 2010

alguém especial

Era uma vez uma mulher, uma caixa e um homem. A mulher era Pandora, a caixa conseqüentemente a dela e o homem, um idiota que ela não suportava. Por causa desse homem ela não sabia mais a diferença entre o amor e o ódio, se ela sentia ambos ou somente o ódio, ficava pensando se existe mesmo uma linha tênue entre o amor e o ódio. Ele a deixou num estado de confusão, nunca imaginaria que poderia sentir tanto carinho por uma pessoa que odiava, será que esse sentimento ruim virou amor? Será que foi capaz de fazê-la enxergar o que realmente sentia por ele? Muitas perguntas, poucas respostas.

Na caixa havia sentimentos, bons e ruins, quando ela o conheceu a abriu e libertou um único mal: o ódio. Depois de muito tempo e convivência o homem conseguiu fazer com que a pandora reabrisse sua caixa (o que normalmente ela não faz) e libertasse todos os sentimentos bons para compartilhar com ele. The end (?)

Não mesmo, até porque como eu disse no texto anterior não gosto de finais, nossa historia só está começando. Bom você pode perguntar: “porque eu mereço um texto só pra mim no blog dela?”. Eu te direi: porque eu nunca na vida mudei o meu ponto de vista em relação a uma pessoa até te conhecer. Se me agradece por ter mudado algo em você, eu te agradeço por ter mudado muito em mim. Agradeço pela sua sinceridade (até demais pro meu gosto), pelo seu carinho, pelos momentos de confidência (a sua paixão por ruivas, eu não vou pintar o meu cabelo de vermelho u_u), por compartilhar experiências (que por incrível que pareça, passamos por muitas coisas semelhantes), pelos momentos de “fossa” com as cantorias no MSN, pelos desenhos lá também, pelo amor, pela paciência, pela reciprocidade, adoro essa palavra, reciprocidade, adoro o que ela significa.

Recíproco: 1 = Do latim "reciprocus". É a correspondência mútua entre pessoas ou grupos. Ela é a base de tratados em que as partes assumem compromissos mútuos. 2 = É a compensação mutua de igual valor entre dois seres. 3 = Comum a duas ou mais partes, aquilo que possui o mesmo valor para ambos num mesmo momento.
Exemplo: a Pandora ama o Rapha, o Rapha ama a pandora. Então esse amor é recíproco, correspondido, ambas as partes estão envolvidas.

Quero agradecer também pelo “contato contigo de qualquer maneira”, você sabe me deixar boba com simples palavras. Ah e não poderia esquecer, obrigada por salvar o meu dia dos namorados com isso:
“como não é meia noite ainda, e tá longe, só queria dizer que tu não precisa de namorado, nem ninguém que fique te dizendo, todos os dias o quanto tu é especial. Tu deve saber que é sim e que nada que façam ou falem pode mudar isso, tu te tornas essencial na vida de cada pessoa que passa por ti, não sei por que, mas sempre tive um carinho muito forte por ti e sei que nunca vai passar, porque quando ta longe eu sinto tanto a sua falta, e isso é algo diferente de verdade, nunca fui de sentir falta das pessoas, talvez tu tenha me ajudado a mudar isso em mim. Só obrigado por isso e por todo o resto de bom que tu me trouxe a vida. Acho que isso é bonito né? Pra ti não passar teu valentine’s Day em branco. Te amo (L)”

Lembro que no momento fiquei sem resposta, agora que tive tempo pra pensar posso dar rsrs
Como eu já te disse muitas vezes tenha certeza que o que você sente por mim é totalmente recíproco (mais uma vez a usando rsrs), e eu sei também que da minha parte nunca irá passar, aqui posso dizer nunca com muita convicção, e nada nem ninguém vai mudar isso, eu também sinto muito a sua falta quando não está por “perto”, não preciso de nada pra lembrar-me de ti (apesar de passar o dia lembrando-me de ti com diversas situações), a sua pessoa já reside na minha cabeça e no meu coração. Eu me importo com você, pode apostar que você está na minha lista de pessoas que quero fazer bem e feliz, quero fazer a diferença, quero tornar o teu mundo um lugar melhor.

Lembra que eu te disse que quando estava mudando de canal me deparei com a serie bones e dei um grito “bones”, no mesmo instante você veio a minha cabeça, assim como toda vez que vejo o Edward feioso ou o Jacob gostoso, ou quando assisto filmes com o Christopher Evans (Tô apaixonada por ele por sua causa shauhsuahsua), ou quando simplesmente estou passando por uma praia, um lugar bonito e sereno (olha que aqui tem muitos lugares assim). Ah e não podia esquecer grey’s anatomy, comecei a assistir por sua causa e nossa, olha o que eu estava perdendo.


Acho que nunca esqueceremos isso:

“como eu amo você. Deixa eu contar as formas: eu te amo do fundo da profundidade da altura que minha alma pode alcançar. Como me sinto longe de ser a pessoa ideal. Eu amo você ao nível das necessidades diárias. Ao sol ou luz de velas. Eu te amo livremente como o homem gosta de ser. Eu te amo puramente como eles amam os deuses. Eu te amo com paixão como nunca amei ninguém, e com minha fé infantil eu te amo com o amor que nunca achei ser possível, eu te amo com a respiração, sorriso, lágrimas de toda a minha vida e se deus quiser vou te amar mais ainda depois da morte”

Ou disso:

Com uma pequena adaptação minha >.<

Rapha: Definitivamente você é a menina mais linda do mundo
Pan: Tá apaixonado por mim?
Rapha: Porque diz isso?
Pan: Todo homem se apaixona pela menina mais linda do mundo
Rapha: Todo mundo é apaixonado por você então?
Pan: O mundo não é o mesmo para todos, se você diz que sou a menina mais linda do mundo, é do seu mundo que você fala
Rapha: Mas já me apaixonei por outras meninas que não eram você, que é a única menina mais linda do mundo
Pan: Elas já foram as meninas mais lindas do seu mundo, foram durante sua paixão por elas
Rapha: E o meu mundo mudou para eu deixar de estar apaixonado por elas?
Pan: Talvez sua forma de ver o mundo tenha mudado
Rapha: Talvez você tenha mudado minha forma de ver o mundo
Pan: Aposto que você diz isso pra todas
Rapha: Não, somente para as meninas mais lindas do mundo


Somos bem bobos. Sabe do que mais? Não me importo nem um pouco de ficar bem abobada ao seu lado, não me importo de ser “fraca” perto de você, até porque você sabe que no braço quem ganha a parada sou eu (nos meus sonhos) . ushahsuahuahsau Eu vejo você em tantas canções: “IF i lay here ... if i just i lay here .. would you lay with me and Just forget the world?” (essa proposta sempre estará de pé pra você ;). Todas de coldplay (principalmente Violet Hill), aquela que você sabe bem de cidade negra, todas que você me manda entre muitas outras, mas a que mais me faz pensar ultimamente em você é essa:

Pra você guardei o amor que nunca soube dar
O amor que tive e vi sem me deixar
Sentir sem conseguir provar. Sem entregar e repartir
Pra você guardei o amor que sempre quis mostrar

O amor que vive em mim vem visitar
Sorrir, vem colorir solar. Vem esquentar e permitir
Quem acolher o que ele tem e traz
Quem entender o que ele diz no giz do gesto o jeito pronto
Do piscar dos cílios
Que o convite do silêncio exibe em cada olhar
Guardei sem ter porque nem por razão
Ou coisa outra qualquer. Além de não saber como fazer
Pra ter um jeito meu de me mostrar

Achei vendo em você e explicação nenhuma isso requer
Se o coração bater forte e arder, no fogo o gelo vai queimar
Pra você guardei o amor que aprendi vendo meus pais
O amor que tive e recebi e hoje posso dar livre e feliz
Céu cheiro e ar na cor que arco-íris risca ao levitar
Vou nascer de novo Lápis, edifício, tevere, ponte
Desenhar no seu quadril
Meus lábios beijam signos feito sinos
Trilho a infância, terço o berço Do seu lar ...


Com você não tenho medo de ser eu mesma. Bom, acho que por hoje chega né? Até porque como eu disse a alguém uma vez, acredito cada dia mais que quando a gente ama se perde nas palavras, afinal amor não se explica, se sente e se vive. Você deve tá pensando: “finalmente essa otária me deu moral” suahsuahsuahsuash eu espero não ter me esquecido de nada e se esqueci não tem problema, foi algo momentâneo, lembranças contigo nesses dois anos é o que não me falta, e não vai ser num texto de um blog que pretendo demonstrar todo o carinho e admiração que sinto por você.



Eu também te amo guri


domingo, 4 de julho de 2010

Desabafo

Não, não é a música do Marcelo D2, eu tinha que começar com uma gracinha pra variar, acho que é porque já estou me sentindo melhor (escrevi no caderno há poucos minutos). Não queria em nenhum momento me expor de maneira nenhuma, nem fazer “dramas” aqui, ou me lamentar, até porque me considero uma garota muito abençoada, pois tenho tudo que quero e o mais importante, tudo que preciso. Infelizmente a maioria das pessoas não sabe a grande diferença entre o querer e o precisar, lembrem-se que querer é apenas um desejo momentâneo e que precisar vem de faltar, então o que você quer lhe faz falta? Muda alguma coisa na sua vida? Aqui vai um trecho de um dos textos do blog de uma garota que estava lendo, e acabou coincidindo com que eu queria passar, então resolvi incluir.

“O que você quer está lá na frente; são os seus sonhos, desejos, ambições. O que você precisa é tudo aquilo que tem a fazer para chegar aonde quer. Entenderam? Querer é longe, precisar é perto. Simples exemplo: eu quero ser professora, então eu preciso estudar. Muitas vezes a gente confunde até o que ama com aquilo que quer. Querer é uma coisa, amar é outra, precisar é outra e por aí vai. As pessoas não param pra pensar no que realmente amam, odeiam, temem, querem e precisam. Tente fazer essas cinco listas.”

Agora que esclareci isso posso voltar ao desabafo, ando tão cansada, cansada de não saber o que fazer, de não saber para onde ir e com quem ir, se fico ou se vou, se começo, paro, continuo ou termino. Ultimamente tudo o que faço é tão automático que chego ao final do dia sem saber se fiz tarefas simples, como comer ou tomar banho. Às vezes também penso que devo parar de pensar, pelo menos parar de pensar tanto, parar de me questionar sobre tudo, principalmente sobre a vida, a minha vida. Quero apenas viver, que seja uma vida superficial então, acordar, comer, escovar os dentes, tomar banho, estudar, visitar amigos/família, dormir e que sejam assim todos os dias até o fim.


(era mais ou menos essa paisagem que eu admirava na ida e volta da escola)

Lembro-me que durante todo o ensino médio batia aquela vontade forte na ida e na volta da escola de desviar o caminho e fugir (confesso que tenho feito um pouco isso nos últimos tempos, fujo das minhas responsabilidades, mas não fico só como desejava naquela época, às vezes cometo atos inaceitáveis até pra mim mesma, nada ilegal é claro). As coisas estão estranhas, estranhamente estranhas, mais que o normal, mais que o normal de antes.

Estou lendo seis livros ao mesmo tempo, tenho um problema com finais, agora por experiência sempre que eu gosto muito de um livro não o termino. Finais nunca me agradaram, não sei de onde tiraram que existe final feliz, se é fim é porque se acabou, não tem mais nada, onde está felicidade ou infelicidade? Mas voltando ao que me interessa, um desses livros se chama a ultima grande lição, o sentido da vida (eu gosto de livros de auto-ajuda sim), eu penso que todos deveriam ter esse livro como de cabeceira. Então eu vou ter que ler esse até o final, eu preciso, não porque quero saber o sentido da vida, isso eu vou descobrir com o passar do tempo, com erros e acertos. Não tenho pressa, pois desde nova sempre tinha na cabeça a idéia fixa de que minha vida poderia acabar a qualquer momento, então tinha que fazer logo tudo ao mesmo tempo, e pior, nem vivia aquilo. Hoje já consigo pensar a longo prazo, nem sei como mudei nesse aspecto já que perdi tantas pessoas pra morte, deveria ter sido ao contrário rsrs.

Chega de desabafo por hoje, agora vou tomar um banho, relaxar, pensar (pouco) em tudo, reavaliar meus conceitos, idéias e planos, mas só para essa semana, afinal as pessoas não mudam, sei que ainda resta em mim um pouco da garota que sempre sentiu que seu tempo aqui na terra era pouco (não é a toa que sou uma poeira extraterrestre) para fazer a diferença na vida dela. Hoje ela só quer fazer a diferença na vida de alguém, só tenta pensar em tudo que pode trazer um sorriso para o rosto de alguém ou fazer do seu mundo um lugar mais feliz. Já não é mais tão egoísta como antes.

Bom em vez do beijinho especial eu quero só comentar essa discussão/dúvida sobre as pessoas mudarem ou não. Quando estava em Aracaju perguntei a minha tia algo que eu meio que já sabia, só queria que ficasse esclarecido na minha cabeça, eu fiz a seguinte pergunta: “o que forma o caráter de uma pessoa?” nós conversamos um pouco, eu queria saber se são as companhias, o ambiente e tudo o mais, afinal tem tantos exemplos por ai, pessoas humildes, pobres e que tem uma boa índole e vão longe, e pessoas com educação, status, tudo o que se pode desejar e se desvirtua com vícios (bebidas, drogas, entre outras). Não vou dar essa resposta pra vocês, até porque cada religião ou cultura tem uma resposta diferente para essa pergunta. Pensem nisso!

terça-feira, 29 de junho de 2010

Open Your Eyes

Desculpa a demora querido blog, eu ando muito ocupada sabe, tá é mentira, mas dessa vez não foi por preguiça (que fique bem claro), foi por estar viajando. Eu sei que prometi a algumas pessoas que postaria logo meu texto sobre voto nulo, só que mudei de idéia e resolvi posta-lo depois junto com a pesquisa que pretendo fazer sobre os candidatos eleitos. Por hora vou relatar a minha viagem, mas antes disso quero discutir um pouquinho sobre um sentimento que tem me dominado desde que voltei: a raiva, afinal é bom ou não sentir raiva? Eu não vou entrar nesse assunto agora, mas colocarei aqui uma passagem de um livro que estou lendo no momento.
“um dia sugeri que falássemos diretamente sobre o que nos dava raiva. A princípio ninguém se animou: todas com marido maravilhoso, filhos ótimos, pais uns santos, proibido sentir raiva. De repente uma, que raramente falava, começou baixinho: “Eu tenho raiva. Eu tenho muita raiva”. Sua raiva era da mãe inválida que a atormentava com a tirania dos fracos, de alguns doentes e das crianças muito mimadas. Outra então disse ter raiva dos sacrifícios que fazia pelos dois filhos adultos que ainda moravam com ela, sempre insatisfeitos e grosseiros. Uma censurava-se por sentir raiva do marido que não lhe dava atenção nem importância. (“para ele parece que nem existo, nem sou humana”) Outras sentiam muita raiva de escolhas feitas na juventude, de que falei acima. A lista foi longa e animada. Começamos a descobrir que ter raiva (não rancor) pode ser saudável e necessário. Nunca ter raiva – não se falava de ódio ou ressentimento – é mentir para si mesmo. [cansei de mentir pra mim mesma] Muitos desses motivos de raiva podiam ser vistos sob outro enfoque: submeter-se a filhos grosseiros é resultado de todo um processo, desde o nascimento ou antes, em que a mãe precisava sentir-se vítima, a boazinha – a sofredora. Perder as estribeiras, descer das tamancas (ou do pedestal) pode provocar uma transformação admirável numa relação. Certamente maridos e filhos deviam sentir um misto de raiva e culpa em relação àquela esposa-mãe-mártir. Quando as coisas parecem muitos ruins, ensinou-me uma amiga, pode-se indagar: “é tragédia ou é apenas chateação?”
Na grande maioria das vezes é chateação, a conta atrasada, o patrão estúpido, o colega invejoso, o filho malcriado, o marido calado, a velha mãe descontente, cinco quilos a mais, as próprias frustrações. Chuva demais, sol demais. Muito frio, muito calor: de repente, cada vez que respiramos, o mundo parece acabar. Uma boa faxina nos armários do coração traz grande alívio: botamos fora as chateações ou as deixamos de lado por um tempo, e vamos lidar com as coisas graves. Aos poucos descobrimos que respiramos melhor, podemos até mesmo sonhar.”

Passei o são João em Aracaju com a minha adorada família, eu quase não ia mais, mas quando pensei que ia ficar uma semana inteira dentro de casa com o PC dando sopa pra mim, me provocando, me chamando, mudei de idéia no mesmo instante e fiz a minha mala as pressas. Bom o que eu posso dizer dessa viagem, foram dias muito bons, eu estava precisando, me diverti, em dia de muita chuva coloquei um DVD de forró e axé e relembrei o tempo de infância: fiz do tapete da sala o meu palco e o controle remoto de microfone (já estava chovendo mesmo, não tinha como piorar) ri muito, dancei (pouco e pisando no pé do meu primo, mas dancei) encarei medos (andei no teleférico *O*), conheci lugares lindos, reencontrei pessoas que amo muito (a parte da família que mais amo). O que mais me chamou atenção nesse são João foi algo que nunca havia reparado antes, a vitalidade e o amor na terceira idade, eu passava um bom tempo admirando idosos dançando, namorando, curtindo o são João, achava uma graça, olhava de um jeito tão bobo e pensando se um dia terei isso na minha vida, eu quero isso pra mim, quero um dia poder não achar as palavras perfeitas por ter só aquela pessoa na minha cabeça, não precisa ser agora ou daqui a 30 anos, se eu tiver o brilho nos olhos que aqueles casais que admirava tinham, com certeza sairei dessa vida sem aquele maldito “e se”, sem arrependimentos do que não fiz ou do que não falei. Como diz a grande pensadora e poeta (ironia mode on) Avril Lavigne: “onde estão as esperanças, onde estão os sonhos, minha cena da história da cinderela?”. Mas às vezes fico pensando será que a vida só se resume a isso? A se apaixonar e “viver feliz para sempre”? Tudo bem que eu acredito que o amor seja tudo que mais importa. Hoje em dia tenho apenas uma meta de vida, fazer todos que amo feliz sem me sacrificar, se eu conseguir realizar isso posso dizer que sou a pessoa mais feliz desse mundo. A adrenalina, aventuras vem depois, num outro texto com certeza falarei dos meus sonhos, aquela listinha que tenho certeza que todos fazem “coisas que quero fazer antes de morrer”, uma pena que essa lista não saia do papel para muitos e só percebam e se arrependam de não terem feito antes quando já não podem mais, se bem que há controversas sobre isso não é mesmo, como disse alguém há muito tempo atrás, nunca é tarde para amar, sonhar e realizar. Então eu espero que não cheguem ao fim da vida e digam: “Tudo que eu queria passou muito rápido por mim”. A minha dica é: open your eyes!

Hoje a parte do beijinho especial vai apenas pra 3 pessoas, primeiro a minha tia (meu anjinho da guarda) que emprestou o livro, ao meu primo Rafa sem ph que me escutou no momento em que mais precisei e na minha amiga Bruna que é o meu SOS, quando mais preciso vou “correndo” atrás dela. E aqui vão algumas palavras da mesma após ler esse texto “as pessoas são muito diferentes e cada uma tem para si algo pra se apoiar mais, uns o trabalho, outros faculdade, colégio, relacionamento ou amigos. Têm tantas opções, eu acho que se apoiar em relacionamento é a maneira mais instável de se conviver

terça-feira, 22 de junho de 2010

Poeira extraterrestre

Cansei de esperar pela imagem, vou explicar de uma vez o porquê de "poeiraextraterrestre", pode parecer maluco, realmente é maluco, ah eu não me importo, os loucos são os mais felizes mesmo, vou colocar aqui um texto que foi até um dos fatores que me inspirou a fazer o blog, não vai acontecer com frequência textos que não sejam da minha autoria, mas esse merece estar aqui, gostei tanto que me achei no direito de nomear meu blog com o tema principal dele, espero que esclareça tudo na cabecinha de vocês. Aqui vai um relato de uma experiência dentro de um guarda-roupa, juro que pensei por um segundo em tentar fazer essa experiência, mas tem muito mais contras do que pros, eu tenho alergia a poeira e meu quarto não tem uma boa iluminação pra uma foto dentro do guarda-roupa, tenso, muito tenso. (ah não faz mal usar uma gíria de MSN uma vez ou outra)


"1. A Viagem

Então cismei que precisava viajar, pois tinha vindo ao mundo em excursão e estava perdendo a viagem. Mas não poderia ser qualquer viagem: pegar um avião e descer em país estrangeiro. Não. Antes, eu começaria por viajar dentro da roupa, vestindo a camisa do avesso e de trás para frente. Depois, ficaria uma semana viajando no quarto, descobrindo fendas e esconderijos. Entrei no guarda-roupa e fiquei ali, como às vezes faz o Gatildo, meu gato. Acabei me dando conta de que não estava sozinha, que éramos cupins, traças, poeiras e ácaros, todos juntos, ali dentro. Gritei assim: As viagens de Gulliveeeeer. E minha mãe entrou. Isso não foi muito bom porque já tem aquilo da psicóloga atestar o meu desajuste.

Depois, gritar dentro do guarda-roupa fechado, só você ali dentro, isso não é bom. Ah, mas querer descobrir um novo ponto-de-vista não é coisa de doido, é? Acho que não. (muito pelo contrário, é sempre bom descobrir um novo ponto-de vista) Certa vez, li num artigo de John Ferguson que um ambiente fechado tem mais poeira do que ao ar livre e que, na casa das pessoas, há poeira de todos os locais do planeta, inclusive poeira extraterrestre! Logo, ficar escondida no guarda-roupa seria começar uma viagem interplanetária!

2. A poeira do monitor

As pessoas dizem as coisas e essas coisas passam a existir, assim como Deus fez com o mundo. Bem, eu não acredito muito nessa história e, provavelmente, nem Deus acredite nas minhas. Tudo bem. Acontece que, agora, depois de me lembrar do artigo de John Ferguson, fico pensando que a poeirinha, na quina do monitor, deve ser de Marte e a outra, em cima do livro, deve ser de Saturno. Costuma-se trazer das viagens lembrancinhas para os amigos. Eu poderia dar de presente umas poeiras importadas de Marte e outras de Saturno, né? Bastaria eu passar uma flanela molhada. Ninguém nunca me deu uma flanela molhada de presente, que estranho...


3. A viagem nas roupas

Bem, da viagem nas roupas, descobri que uma jaqueta de frio serve muito bem como calça inusitada, especialmente para quem tiver as pernas finas. Instrução 1: enfie os cambitos no lugar das mangas. Instrução 2: abotoe o fecho-ecler. Veja, não sei por que você faria isso, talvez você precise algum dia, não sei. Aliás, ficou uma bela calça de alta-costura. Os costureiros famosos devem passar o dia inteiro vestidos assim: a blusa no lugar da calça, a cueca no lugar da touca e assim por diante, para inventarem tantas roupas esdrúxulas como aquelas que eu vejo na Fashion TV. Talvez, eu seja uma poeira, uma poeirinha assim, vestida de alta-costura, na casa dos gigantes. Gigantes tão grandes que eu não consigo sequer enxergá-los.

4. Uma hipótese

Há sempre mais pó dentro de uma casa do que fora dela e, todo ano, a massa da Terra é aumentada em milhares de tonelada por conta do pó extraterrestre. Agora, pensei outra coisa (às vezes, isso é um grande problema): há muito mais pó do que seres humanos, pois nunca vi gente entrando pela janela desse jeito. Poeira que se esconde embaixo dos móveis e cantinhos secretos. Parece que a poeira quer morar! Insiste, sem trégua, um lugarzinho no meu quarto! Bem, duvido que a poeira de Marte, no canto do monitor, tenha me visto com aquela roupa ridícula. Ou, talvez, ela esteja viajando também, com uma roupinha esdrúxula, naquilo que ela pensa ser o quartinho dela, né? Então... "- Olá, poeirinha!"


5. A casa dos gigantes

Pensei outra coisa agora. Se há mais pó do que seres humanos; se seres humanos não entram pela janela como fazem as poeiras, escondendo-se aos bilhões embaixo dos móveis; se talvez nós, seres humanos, sejamos o pó na casa de gigantes, gigantes tão grandes que não conseguimos enxergá-los, se somos seis bilhões no planeta, então os gigantes não são tão numerosos assim, devem ser apenas um ou dois solitários perdidos pelo universo. Talvez seja esse gigante que as pessoas chamam de Deus. Calma, eu chegarei à Europa. É que a jornada de uma poeira, como eu, até o estrangeiro, demora muito.

6. O sal do oceano

Nessa poeira existe até o sal do oceano. O sal se evapora e é quase tão numeroso quanto as partículas de terra, não é impressionante? Eu estava quase concluindo que nem precisaria mais viajar, que havia de tudo naquele quarto, até partículas de oceano havia, vejam só. Contei a minha mãe e ela me sugeriu um aspirador de pó, disse que estava na hora de limpar a bagunça. Ah... minha mãe não compreende a magnitude do caos! Até seu coração bate caoticamente, mãe! A mancha vermelha de Júpiter, mãe! Mas a minha mãe não parece acreditar que Júpiter tenha alguma coisa a ver com um pé de meia jogado no chão. Mas eu defendo que sim! A moça da limpeza vem e arruma tudo. O que acontece? O que acontece? Você não acha mais nada. E por quê? E por quê? Porque a natureza caótica do seu quarto foi alterada! A poeira de Mar. Céus! O que aconteceu com a sua poeira importada de Marte!? Essa não! A moça levou tudo numa flanela molhada. Droga. (Aceito nesse natal flanelas molhadas de todos os lugares possíveis)

7. A calça de alta-costura

Esta calça de alta-costura, que inventei quando viajei pelas roupas, não sou livre para usá-la no meio da rua. Entretanto, aquelas mulheres andam com penas de pavão no carnaval e está tudo bem! As pessoas combinaram que no carnaval anda-se com penas de pavão. Mas, na rua, não se anda com calças de alta-costura. Eu não participei da convenção onde essas coisas foram acertadas sem que eu, também, desse o meu aval. O que leva essas pessoas, que eu nunca vi esperarem de mim que eu não saia na rua com minha calça inventada de alta-costura? Que eu não saia pelada? Que eu não converse com as árvores? E tantos outros comportamentos? Hum, preciso pensar a respeito. (Também penso a respeito sobre isso)

8. As listras brancas e negras

O mais estranho é que se eu decidir que a minha calça inventada de alta-costura será de listras horizontais, brancas e pretas, as pessoas irão associá-la às roupas dos presidiários, mesmo que eles não usem mais esse tipo de roupa. Listras brancas serviam para identificar os prisioneiros no escuro e as listras pretas para identificá-los nos ambientes claros. E eram horizontais para que não fossem confundidas com as grades da cela - verticais. Ora, mas eu não quero fugir, gente! Eu não quero ser identificada em ambiente algum, pessoal! Pelo contrário! Só queria andar em paz com minha calça inventada de alta-costura de listras horizontais, brancas e pretas, só isso.


9. O frio das geleiras

Ah... E agora você me diz: que coisa idiota, que grande alarido por causa de uma calça inventada de alta-costura, com listras horizontais, brancas e pretas, quando há tantos problemas no mundo! Sim, eu também acho! Se não tivéssemos inventado as roupas, quem sabe não teríamos ido morar nas geleiras e sobrevivido ao frio de tantas regiões. Estaríamos todos numa mesma faixa tropical; mais ou menos, com o mesmo tom de pele, os mesmos traços; uma vez que cada região resultou num fenótipo capaz de garantir a sobrevivência no local. As roupas, por sua vez, não teriam sido marca de distinção social, os melhores caçadores não teriam exibido suas melhores peles, nem mesmo aquele homem, o terno mais sofisticado. Logo, a culpa não é da minha pobre calça inventada de alta-costura, com listras horizontais, brancas e pretas, não é! De uma vez por todas, pessoal, deixem-me em paz com minha calça
inventada de alta costura! Poxa..."


Então, está tudo esclarecido agora? Espero que sim, confesso que tenho inveja dessa pessoa, mas será que devo ter inveja mesmo? Eu acho que posso fazer minha própria experiência interplanetária no meu quarto ou qualquer outro lugar de alguma forma, basta abrir a oficina de idéias.


Logo eu voltarei pra colocar a linda imagem de uma garota dentro do guarda-roupa, não será eu, infelizmente (até parece) uashshaushaushu, vamos parar pra pensar, uma pessoa que pensa por um segundo em cometer tal ato só pode ter companhias com o mesmo grau de "sanidade", então eu decidi "bater perna" pela internet e saí pedindo para várias amigas fazer esse "pequeno" favor para mim, e advinhem só, uma doce alma aceitou a minha proposta completamente decente.


E agora a parte do beijinho especial que todos estavam esperando, dessa vez o beijinho vai só pra Emily, que foi a pessoa que me apresentou a esse texto. E breve um outro beijinho em homenagem a modelo da foto.


P.s: Só pra constar, o que está entre parênteses no texto é comentário meu.